Enfim almejando bons ares


O Início de temporada da Juventus não foi nada fácil. Após uma temporada 2014/15 quase perfeita sendo tetra campeã italiana, campeã da copa e supercopa da Itália e vice campeã da Champions League, a equipe bianconera se viu em dificuldades para o início de 2015/16. Dessa vez, o presidente Andrea Agnelli juntamente com o diretor Giuseppe Marotta haviam decidido: a Juventus necessitava renovar seu elenco. O time que era caracterizado pela experiência apontava índices de que precisava de caras novas, precisava da juventude que levava seu nome. E realmente, a reformulação do elenco foi imensa e no meio desse processo surgiram dúvidas sobre o futuro da tetracampeã e vice campeãcontinental.  A perda de peças importantíssimas como Andrea Pirlo, Carlos Tevez e Arturo Vidal deixou sérias dúvidas para com a administração do clube, que resolveu repor com peças questionadas por grande parte da mídia.

Após trazer nomes conhecidos como Mario Mandžukić, Alex Sandro, Hernanes, Zaza e Dybala, o maior feito da diretoria talvez tenha sido segurar o então badalado e desejado francês Paul Pogba. Após a saída do argentino Tevez, o jovem assumiu a camisa 10 Juventina e virou o principal nome da equipe no marketing do clube.  Mas estar bem nos bastidores não era o bastante, seria preciso provar que essa nova Juventus poderia vingar também dentro de campo e o início não foi nada fácil.
A saída de três dos principais pilares da equipe parecia irreparável

A missão de reformulação já era complicada, e para dificultar ainda mais, o clube caiu no considerado “Grupo da Morte” na Champions League, no qual faziam parte o Manchester City, então badalado vice da Premier League e que contava com reforços de peso como Kevin De Bruyne, Otamendi e Sterling, o Sevilla, atual campeão da Liga Europa, e o terceiro colocado da Bundesliga, Borussia M’Gladbach.

O início de temporada veio na Supercopa da Itália frente a Lazio, e de cara as contratações Mario Mandžukić e Paulo Dybala marcaram decretando um 2 a 0 num jogo feio embora de título. O título deu a impressão e que a Juventus não sofreria abalo pelas suas perdas. Porém, não foi o que aconteceu. O baque veio já na primeira rodada do Calcio. Nunca na história da Serie A a Juventus havia perdido uma estreia de Italiano, porém caiu para a Udinese por 1 a 0 em pleno Juventus Stadium, ligando o alerta para a comissão técnica Juventina. 

Se isso já não era algo imaginável para nenhum torcedor, a derrota para a Roma por 2 a 1 e o empate em 1 a 1 com o Chievo levou a crítica à loucura dizendo que a equipe não tinha a solidez que apresentou nos últimos 4 anos. Aquela equipe campeã invicta de um torneio de pontos corridos, e que também bateu recorde de pontos em uma liga Europeia não parecia ser a mesma. A vitória contra o Genoa por 2 a 0 parecia dar fim à má fase, mas não pôs fim a irregularidade. Na sequencia, vieram um empate contra a modesta equipe do Frosinone e a derrota para o Napoli que reacenderam o alerta. 
A derrota para a Napoli religou o sinal de alerta em Turim

No meio de toda essa confusão ainda houveram uma vitória contra o Bologna, empate contra a Inter, até que a derrota para o Sassuolo foi um ponto final na história.  Após esse revés, já são 5 vitórias seguidas com um ótimo futebol apresentado. Após quase 10 rodadas apagadas, Pogba volta a decidir jogos, Dybala se efetiva como titular, Marchisio retorna e parece que novos ares começam a soprar para o lado de Turim. Os rivais chegaram a abrir 15 pontos de vantagem, e a partir dessa arrancada espetacular, a Juventus está agora a quatro pontos do líder Napoli que joga logo mais no Domingo.


Apesar de toda essa irregularidade que acontecia na Itália, na Champions League com o tal “Grupo da Morte” a Juventus fez bem seu papel, vencendo o City nos 2 jogos e o Sevilla em casa, e empatando com o Borussia M’Gladbach nos 2 jogos, já garantindo a classificação para as oitavas, restando ainda a última rodada na Espanha para definir o líder do Grupo. A depender do resultado frente os espanhóis que passam por péssima campanha, a Juventus concretizará a liderança do grupo.
A boa fase do time de Turim passa pelos pés do garoto Dybala, cada vez mais afirmado nos 11 iniciais

Parece que as dúvidas começaram a ser respondidas. O que não dava para entender era se essa falta de padrão era comodismo do time, ou realmente uma falta de entrosamento. E cada vez mais se confirma que o que faltava mesmo era um tempo para o time tomar forma.

Mas afinal, até onde pode ir essa Juventus? Será que terá a mesma consistência do time que quase parou o poderoso Barcelona do trio MSN? Será que as peças experientes farão falta lá para frente? Só nos resta esperar e ver, o mundo do futebol gira, e ás vezes, essa arrancada pode parar e acarretar outra crise. Vamos esperar e ver o desenvolver de mais uma temporada.
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