De 1980 a 2004, o Japão foi a casa da Copa Intercontinental, torneio precursor do Mundial de Clubes, do qual será sede pela 7ª vez. A participação dos japoneses, no entanto, é um pouco modesta. Quatro times disputaram o mundial; Urawa Reds e Gamba Osaka, campeões asiáticos de 2007 e 2008 respectivamente, ficaram com o bronze. Dos campeões japoneses; Kashiwa Reysol, em 2011, ficou na 4ª posição e o Sanfrecce Hiroshima, em 2012, ficou na 5ª posição.
O Sanfrecce Hiroshima foi fundado em 1938 e passou por diversas modificações no seu nome, até a profissionalização do futebol japonês em 1992.
Seu estádio é o Edion Stadium (Hiroshima Big Arch), ele foi inaugurado em 1992 e tem capacidade para 50 mil pessoas.
A equipe, ainda chamada Toyo Kogyo Syukyu Club, dominou o Japão nos anos 60, conquistando 5 campeonatos (1965, 1966, 1967, 1968, 1970), 3 copas nacionais (1965, 1967, 1969) e uma supercopa em 1967.
 |
| Aritatsu Ogi, um dos principais nomes do Toyo Kogyo e da seleção japonesa medalhista de bronze nas Olimpíadas em 1968. |
Após boas campanhas, no final de 2011, Mihailo Petrovic deixou o time e foi treinar o Urawa Reds. Pra 2012, o técnico seria Hajime Moriyasu, um velho conhecido da torcida.
2012, que seria excelente. Com 64 pontos, um futebol envolvente e um time bem montado, o Sanfrecce levantava a salva de prata pela 1ª vez na era profissional.
Título esse, que deu vaga ao Mundial de Clubes. No mundial, o time disputou a partida inaugural contra o Auckland City, mas esbarrou na retranca adversária e venceu por apenas 1 a 0, com golaço de Aoyama. Contra o Al-Ahly nas quartas, perdeu muitos gols e estava muito nervoso, colaborando para a derrota por 2 a 1, culminando na eliminação precoce do Hiroshima. Na disputa pelo 5º lugar contra o Ulsan Hyundai, o time contou com erros defensivos do adversário e venceu por 3 a 2.
Em 2013, o time conquistou o bicampeonato da supercopa vencendo o Kashiwa Reysol por 1 a 0. Na J-League, foi bicampeão de maneira emocionante. O título do Yokohama F. Marinos era quase certo, mas pipocou nas últimas rodadas, enquanto o Sanfrecce Hiroshima engatou uma boa sequência de vitórias. Na última rodada, derrota do Yokohama pro Kawasaki Frontale por 1 a 0 e vitória espetacular do Hiroshima contra o Kashima Antlers por 2 a 0.
O acontecimento foi tão inesperado, que o capitão Hisato Sato teve que comemorar levantando uma espécie de ''vale taça'', provavelmente a original estava em Kawasaki.
Pra não perder o costume, o Hiroshima perdeu pela 5ª vez a final da Copa do Imperador, dessa vez para o Yokohama F. Marinos.
Com a volta do Mundial de Clubes ao Japão, o título ganhou ainda mais importância. As finais contra o Gamba Osaka foram emocionantes. Na primeira partida, no Osaka EXPO '70, o Hiroshima conseguiu a virada nos acréscimos. A vitória por 3 a 2, garantiu uma boa vantagem. No segundo jogo, em casa, a equipe segurou o Gamba Osaka e arrancou um empate no 2º tempo, conquistando pela 3ª vez a J-League. Detalhe, com essa conquista, o Sanfrecce Hiroshima tornou-se o maior campeão japonês, com 8 títulos, juntando as eras amadora e profissional.
Após o feito histórico, a empolgação é muito grande e o Hiroshima espera fazer uma campanha bem superior a de 2012, onde ficou a sensação de que dava pra ter ido mais longe.
Veja um esboço tático da provável escalação de Hajime Moriyasu para o Mundial:
O Sanfrecce Hiroshima deve manter seu jogo ofensivo com posse de bola e bom uso das laterais contra o Auckland City ( Se vencer, enfrentará o TP Mazembe).
A equipe tem peças interessantes, como o trio de zaga, Mizumoto, Chiba e Shiotani. O volante Aoyama e o atacante Hisato Sato (todos com passagens pela seleção japonesa), o ala direito Mikic e o atacante Douglas, que nessa temporada tem sido o homem-gol do time.
Em relação a 2012, a equipe ganhou experiência, a defesa e o ataque melhoraram e o técnico Hajime Moriyasu cada vez mais surpreendente. Será que o Hiroshima continuará a fazer história, inclusive no mundial?