Alexis Lalas certamente não figura entre os maiores zagueiros da história. Nem jogou por grandes times. Padova(sendo o primeiro norte-americano a jogar na Itália), New England Revolution, Metrostars, Kansas City e Los Angeles Galaxy foram as equipes que contaram com o futebol do ruivo grandalhão.
Entretanto, o visual imponente e chamativo e o destaque em meio a uma quase semi-profissional seleção norte-americana que jogava a copa em casa fizeram dele um símbolo. Uma lenda para o futebol dos Estados Unidos. Jogando ao lado de Marcelo Balboa teve o papel de segurar a seleção brasileira de Romário, num duríssimo jogo que ficaria marcado também pela violência de Leonardo contra o meia Tab Ramos.
Filho de um professor grego(daí o esquisito nome de Panayotis Alexander Lalas) e de uma poeta norte-americana, parecia improvável que Lalas viesse a seguir a carreira futebolística. Ainda mais quando na adolescência o futebol dividia atenção com o hóquei no gelo(esporte muito mais influente no país). Mas assim como as lendas do Rock, Lalas fez o improvável, quebrou paradigmas. Ousou ser o primeiro americano a jogar na Liga Italiana, quando a mesma era a mais forte no mundo, chegando a marcar gols nos gigantes Inter e Milan e a receber elogios de Fabio Capello. Além disso ainda comandou a defesa de sua seleção em duas Olimpíadas e na conquista de um ouro no Pan-Americano.
Nascido em um país referência no mundo do rock, Lalas foi um laço entre isso e o futebol. Além de ter sido um pioneiro, abrindo as portas para que diversos jogadores norte-americanos fizessem sucesso em território em solo europeu. Mais do que um zagueiro. Um símbolo.