Hora de recomeçar


Jurgen Klopp e seus comandados caíram ontem no Signal Iduna Park diante de sua torcida para a Juventus. No entanto, essa eliminação não representa só o fim da participação do clube nessa edição da Champions League, e sim o final de uma geração incrível do clube auri-negro.

O time de Dortmund passou por grandes momentos e algumas reformulações nas últimas temporadas. Bi-campeão da Bundesliga em 10-11 e 11-12, a equipe perdeu alguns de seus principais nomes. Saíram Kagawa e Sahin, essenciais nas campanhas de sucesso da equipe. Mesmo assim, o time continuou forte com a chegada de Gundogan, e posteriormente de Marco Reus, hoje ídolo da torcida.

O time mudou bastante do bi-campeonato alemão para o que é hoje, e precisa se renovar de novo
A prova de que o time não sentiu as saídas veio logo na temporada seguinte. Sem ter seu nome em nenhuma lista de prováveis finalistas, o clube alemão chegou a uma surpreendente final de Uefa Champions League, justamente contra o poderoso Bayern de Munique. No entanto, uma das piores notícias para o torcedor e para o time chegaram pouco antes da final. Gotze já tinha acertado com o rival, e não foi pro jogo (também estava lesionado). Seria o ápice do trabalho de Klopp, algo com certeza histórico, mas infelizmente não aconteceu.

O título da Bundesliga também não veio mais, muito por culpa do desumano time do Bayern, mas, a equipe de Klopp se mantinha bem, indo bem na competição continental e conquistando algumas das copas locais, inclusive contra o próprio rival bávaro.

Até hoje a perda de Gotze é sentida pelo Borussia
Nesse meio tempo, as tristes perdas de Gotze, e posteriormente de Lewandowski, foram dificultando cada vez mais o trabalho de Klopp. Chegaram alguns nomes interessantes, mas em grande parte a resposta esperada não veio. Para o lugar de Gotze, Mkhitaryan não rendeu, e inclusive é até hoje culpado por uma eliminação da equipe auri-negra diante do Real Madrid. Outro que chegou foi Immobile, que nem de longe lembra o atacante polonês hoje no rival.

Nomes como Nuri Sahin e Shinji Kagawa voltaram para Dortmund, mas o elenco pequeno, as lesões de Reus, e uma grande dose de azar acabaram transformando a atual temporada em dramática. Por alguma rodadas na lanterna, muitos temiam o pior, mas a equipe conseguiu arrancar e agora já sonha com vagas na Europa. Porém, se na Alemanha a fase é boa, a eliminação na Uefa Champions League foi muito sentida pela torcida e por Klopp.

A Juventus foi a Alemanha e aplicou um sonoro 3-0 num apático Borussia, que parecia já eliminado desde o primeiro minuto de jogo. Era nítido que o time já não tinha a competitividade de tempos atrás. A vontade também faltou. O elenco está cansado, e precisa ser reformulado. Reus resolve, mas não conseguirá levar o time muito longe sozinho.

O vice da Europa ainda é muito sentido em Dortmund
O processo de queda era esperado devido ao menor poderio financeiro da equipe. A competitividade a nível europeu tende a ser cada vez menor, a não ser que assim como em 2012, os nomes que cheguem convençam, e ajudem a equipe a se manter forte.

Essa geração parece ter chego ao fim. Entregou demais ao Dortmund, mais até do que poderia, e mesmo sem a sonhada UCL ficará marcada na história. Agora é hora de Klopp planejar, buscar uma vaga para competições europeias e ir bem ao mercado, para quem sabe encantar novamente a todos que gostam do futebol europeu.

Ao contrário da caminhada de Klopp ontem após o jogo, o Borussia Dortmund nunca caminhará sozinho, e com certeza terá o apoio da torcida, estando bem ou mal. O futuro ninguém sabe, mas a saudade desse Borussia que chega ao fim já existe. E a torcida por mais uma renovação de sucesso também.

Os torcedores e admiradores do Borussia sentem muita falta desse trio

Compartilhar: Plus