Ao ver a atual situação do Milan, muitos acabam creditando isso a má gestão e a falta de dinheiro em comparação com outros gigantes. E não estão errados, em parte. Obviamente o clube rossonero não tem o suficiente para brigar ou montar elencos parecidos com os das principais potências da atualidades, porém, com o que tem, o Milan poderia fazer muito mais.
Ainda sem o total e massivo investimento do empresário tailandês que adquiriu 48% do clube, o Milan já conseguiu uma boa quantia para essa janela e não a toa foi um dos que mais "saiu no vermelho" durante o período de transferências. O grande problema está nesses gastos, em sua maioria equivocados e exagerados. Jogadores muito caros e para a mesma posição são o grande exemplo disso.
Se analisarmos nome por nome, individualmente, poderiam até ser considerados bons investimentos, mas de maneira separada. Esse "pacote" que fez o Milan acabou não dando o corpo que o elenco precisava. Setores seguem fracos, enquanto o comando do ataque por exemplo, tem três boas opções, todas chegadas na última janela de transferências.
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| Poucos nomes que passam total confiança ao torcedor. Algumas apostas, outros mais consolidados |
Durante o período de aquisições, muitos foram os excelente rumores em que o clube rubro negro esteve envolvido, porém, acabaram perdendo quase todos de última hora. Quem sonhou com Kondogbia, acabou com Bertolacci. A incrível possibilidade de contar com Ibrahimović deu lugar a Luiz Adriano e Carlos Bacca, que não são ruins, mas acabam passando a impressão de que "veio quem sobrou". Mesmos com os fracassos nas primeiras opções e prioridades, dava pra ter feito melhor trabalho. Alguns clubes pequenos gastariam de maneira mais inteligente os 90 milhões gastos pelo clube italiano.
Se no inicio da temporada muitos estavam otimistas com a possível volta de um gigante pelo dinheiro tailandês e pela chegada de Sinisa Mihajlovic, hoje, o sentimento de apequenamento segue o mesmo. A campanha até aqui é fraca, os reforços até conseguem jogar, mas faltam muitas peças, que poderiam ter sido adquiridas na janela, com uma melhor análise de mercado.
Esse é o principal ponto para o futebol atual: a boa análise de mercado. Sim, os valores estão cada vez mais altos e supervalorizados, mas se garimpar bem, pode-se montar uma equipe competitiva com menos, ou até gastar mais, mas gastar certo. Coisa que até aqui não parece o caso do Milan. Para as próximas janelas, a certeza é de que o dinheiro estará ali. O necessário é analisar e montar um time minimamente condizente com o tamanho e a história do Milan. Saber contratar é a chave para se reerguer.


