Litti começou a se destacar no juniores do Reipas muito cedo, muito por isso, acabou por estrear antes de completar a maioridade. Já com 16 anos entrava em campo com o time profissional para jogar a primeira divisão nacional em 1987.
Promessa. |
Embora demonstrasse uma visível qualidade diferenciada, a carreira de Jari não foi daquelas meteóricas que deslancham como world class logo na segunda/terceira temporada. Litti passou quatro temporadas vestindo a camisa do Reipas. Destaque do time, foi vendido ao maior clube da Finlândia, o Helsinki, onde esperava-se muitas glórias e títulos para o promissor meio campo, glórias essas que não vieram pois logo no ano seguinte em uma transferência um tanto quanto estranha, Litmanen outra vez trocou de clube em seu país natal, foi ao MyPa.
Entre a tênue linha de uma eterna promessa e o “boom” necessário para engrenar, o finlandês precisava mostrar a que veio. Diante desse momento decisivo, o meia levou o MyPa a final da copa doméstica daquele ano (91/92), triunfando com autoridade em um sonoro 2 a 0 em cima do FF Jaro, com direito a gol dele. Por sorte do jogador (ou do olheiro), havia um observador do Ajax naquela final, após o termino da partida o olheiro já tinha se decidido. Queria levar Litmanen para a Holanda.
A verdade é que antes mesmo de ir para o Ajax, Litti quase foi para o Dinamo Bucareste. Além disso, PSV, Leeds e até mesmo o Barcelona, mostraram interesse na joia finlandesa.
Após o movimentado começo de década para o meia, o que se viu a partir da chegada na Holanda foi a estabilidade e tranquilidade para evoluir como jogador. Pegando banco de ninguém mais ninguém menos que Bergkamp na primeira temporada, Jari se viu pronto para assumir um papel de destaque no time assim que Dennis se machucou, como Van Gaal já contava com a transferência do holandês voador para a Inter de Milão, resolveu dar uma chance ao finlandês e chegou a anunciar que Jari Litmanen seria o sucessor natural do astro.
Entre a tênue linha de uma eterna promessa e o “boom” necessário para engrenar, o finlandês precisava mostrar a que veio. Diante desse momento decisivo, o meia levou o MyPa a final da copa doméstica daquele ano (91/92), triunfando com autoridade em um sonoro 2 a 0 em cima do FF Jaro, com direito a gol dele. Por sorte do jogador (ou do olheiro), havia um observador do Ajax naquela final, após o termino da partida o olheiro já tinha se decidido. Queria levar Litmanen para a Holanda.
A verdade é que antes mesmo de ir para o Ajax, Litti quase foi para o Dinamo Bucareste. Além disso, PSV, Leeds e até mesmo o Barcelona, mostraram interesse na joia finlandesa.
Após o movimentado começo de década para o meia, o que se viu a partir da chegada na Holanda foi a estabilidade e tranquilidade para evoluir como jogador. Pegando banco de ninguém mais ninguém menos que Bergkamp na primeira temporada, Jari se viu pronto para assumir um papel de destaque no time assim que Dennis se machucou, como Van Gaal já contava com a transferência do holandês voador para a Inter de Milão, resolveu dar uma chance ao finlandês e chegou a anunciar que Jari Litmanen seria o sucessor natural do astro.
Não demorou muito para que a profecia de Van Gaal se cumprisse. Já na temporada 93/94, Litti anotou 26 gols e terminou como artilheiro da liga naquele ano, conduzindo o Ajax a mais um título nacional. Ele também foi o melhor jogador da Holanda em 93. Ali começava o time embrião da máquina que destruiria a Europa nos anos seguintes.
O embrião maduro, e invencível. |
A partir de 1994 e até 1997, o Ajax liderado pelo finlandês simplesmente destroçou praticamente todos os clubes do velho continente. Foram duas finais de Champions com um título, quatro ligas nacionais, um mundial de clubes e diversas copas domésticas. Aquele time também conseguiu a absurda façanha de ficar incríveis 52 jogos sem perder na liga e 19 jogos sem perder Champions League. Litmanen foi eleito o terceiro melhor jogador do mundo em 1995, tendo ficado em oitavo um ano antes.
O craque ganhou diversos apelidos tanto dos torcedores como dos jogadores, era chamado de Merlin pelos adeptos, por conta de seu futebol mágico, de Professor, por querer sempre saber de todas as estratégias e táticas em campo e infelizmente, de Homem de Cristal, por conta de suas recorrentes lesões que começaram a assolar a carreira do craque. Dito por Rijkaard como o melhor 10 que já viu jogar, Litti passou seus últimos anos na Holanda convivendo com uma incômoda irregularidade técnica e física, devido a suas rotineiras lesões, não conseguia emendar nenhuma grande sequência de jogos.
Em 1999, Van Gaal então técnico do Barcelona, viu a oportunidade de tirar do Ajax um de seus maiores pupilos e mesmo com muitos vendo aquela transferência com um risco imenso pela condição física do meia, Jari chegava na Espanha para se juntar com seus antigos companheiros de time, os irmãos De Boer.
Porém, como grande parte da mídia já cravava, o finlandês acabou por não apresentar o futebol que o consagrou no Ajax, convivendo com muitas contusões e rodeado de uma grande expectativa, Litmanen foi até mesmo criticado por LVG, que antes rasgava elogios ao meia. O técnico veio a público dizer que o craque não se adaptou a cultura do clube catalão e que ele estava profundamente desapontado com isso. Com a saída do técnico holandês, Jari chegou até a ser descartado dos relacionados para as partidas, perdendo sua camisa 10 para o brasileiro Rivaldo. Mesmo assim, continuou no clube até 2001, quando assinou com o Liverpool sem custos.
Agora na Inglaterra, o clima era de que estava chegando lá o terceiro melhor do mundo de 1995, elogiado por todos em sua chegada, Litti queria a camisa 7 em alusão ao ídolo dos Reds, Dalglish. Como este número já era de Smicer, o finlandês foi obrigado outro número derivado, ficou com a 37.
O meia teve um bom início com a camisa dos reds, porém, uma nova lesão o faria perder todo o resto da temporada, já que em um jogo pela sua seleção quebrou seu pulso. Mesmo assim, foi parte de um elenco que conquistou a Copa da Uefa e a FA Cup, ainda que nem nas finais estivesse presente devido a lesões. Na temporada seguinte, Litti marcou alguns gols em jogos importantes, porém sua fragilidade física era tanta, que tinha dificuldades até mesmo para treinar com seus companheiros. Ficou uma temporada e meia na Inglaterra, até acertar seu retorno ao Ajax.
Chegou como o ás para os torcedores holandeses, mas o que se viu foram lampejos de uma lenda que já se encontrava em sua descendente. Ainda deu tempo de ser um dos pilares do time que chegou as quartas de UCL, mas depois deste brilho singular, voltou a sentir problemas com lesões e teve seu contrato encerrado em 2004, ficando livre para assinar por outro clube sem custos.
A partir daí foram inúmeras passagens breves por clubes ao redor da Europa, Hansa Rostock, Fulham, Lathi e até o Malmo foram os destinos do meia finlandês. Com pouco ou até mesmo nenhum destaque. Seu último brilho foi no último clube de sua carreira, já em 2011 com 40 anos de vida, Jari assinou um contrato de um ano com seu ex time, onde estranhamente teve uma breve passagem: o Helsinki.
Com a camisa do Helsinki foram 18 partidas (a maioria saindo do banco) e 18 vitórias. Sem ter perdido nenhum jogo e tendo mudado algumas partidas entrando no decorrer delas Litti foi considerado o amuleto daquele elenco que fez o duplete naquela temporada: venceu a liga e a copa nacional. Foi a última experiência do professor em campo.
Infelizmente, Litti não faz chover sozinho e com sua seleção, nunca conseguiu ir a uma Copa do Mundo, apesar de ser o capitão da equipe durante 12 anos e a referência técnica do país, Jari era uma luz em meio a limitada geração que o acompanhou. Um belo exemplo disso é que o meia foi convocado até seus 40 anos, não houve sucessor de nível nem ao menos parecido.
Acompanhe este vídeo feito pelo Ajax, elencando os 10 gols mais bonitos do craque vestindo a camisa do clube holandês:
Ao término de sua carreira, Litti foi eleito nove vezes o jogador finlandês do ano. Completamente pensante, tático e muito reativo, o craque justificava o apelido de Merlin, fazia mágica com a bola. Cogitado para o cargo de técnico do Ajax, Litti escreveu sua autobiografia e já teve até mesmo um documentário produzido para descrever sua carreira, “The King – Jari Litmanen”.
E no meio de grandes lendas escandinavas, surgia Merlin, o professor.
O craque ganhou diversos apelidos tanto dos torcedores como dos jogadores, era chamado de Merlin pelos adeptos, por conta de seu futebol mágico, de Professor, por querer sempre saber de todas as estratégias e táticas em campo e infelizmente, de Homem de Cristal, por conta de suas recorrentes lesões que começaram a assolar a carreira do craque. Dito por Rijkaard como o melhor 10 que já viu jogar, Litti passou seus últimos anos na Holanda convivendo com uma incômoda irregularidade técnica e física, devido a suas rotineiras lesões, não conseguia emendar nenhuma grande sequência de jogos.
O professor. |
Porém, como grande parte da mídia já cravava, o finlandês acabou por não apresentar o futebol que o consagrou no Ajax, convivendo com muitas contusões e rodeado de uma grande expectativa, Litmanen foi até mesmo criticado por LVG, que antes rasgava elogios ao meia. O técnico veio a público dizer que o craque não se adaptou a cultura do clube catalão e que ele estava profundamente desapontado com isso. Com a saída do técnico holandês, Jari chegou até a ser descartado dos relacionados para as partidas, perdendo sua camisa 10 para o brasileiro Rivaldo. Mesmo assim, continuou no clube até 2001, quando assinou com o Liverpool sem custos.
Com a camisa catalã, poucos bons momentos |
O meia teve um bom início com a camisa dos reds, porém, uma nova lesão o faria perder todo o resto da temporada, já que em um jogo pela sua seleção quebrou seu pulso. Mesmo assim, foi parte de um elenco que conquistou a Copa da Uefa e a FA Cup, ainda que nem nas finais estivesse presente devido a lesões. Na temporada seguinte, Litti marcou alguns gols em jogos importantes, porém sua fragilidade física era tanta, que tinha dificuldades até mesmo para treinar com seus companheiros. Ficou uma temporada e meia na Inglaterra, até acertar seu retorno ao Ajax.
Não foi tão mal, mas ainda sim abaixo do que poderia render. |
A partir daí foram inúmeras passagens breves por clubes ao redor da Europa, Hansa Rostock, Fulham, Lathi e até o Malmo foram os destinos do meia finlandês. Com pouco ou até mesmo nenhum destaque. Seu último brilho foi no último clube de sua carreira, já em 2011 com 40 anos de vida, Jari assinou um contrato de um ano com seu ex time, onde estranhamente teve uma breve passagem: o Helsinki.
Nenhuma partida pelo time principal do Fulham, triste. |
Com a camisa do Helsinki foram 18 partidas (a maioria saindo do banco) e 18 vitórias. Sem ter perdido nenhum jogo e tendo mudado algumas partidas entrando no decorrer delas Litti foi considerado o amuleto daquele elenco que fez o duplete naquela temporada: venceu a liga e a copa nacional. Foi a última experiência do professor em campo.
A joia da equipe. |
Acompanhe este vídeo feito pelo Ajax, elencando os 10 gols mais bonitos do craque vestindo a camisa do clube holandês:
Ao término de sua carreira, Litti foi eleito nove vezes o jogador finlandês do ano. Completamente pensante, tático e muito reativo, o craque justificava o apelido de Merlin, fazia mágica com a bola. Cogitado para o cargo de técnico do Ajax, Litti escreveu sua autobiografia e já teve até mesmo um documentário produzido para descrever sua carreira, “The King – Jari Litmanen”.
Kuningas. |