E tem quem reclame de Douglas


Não houve notícia mais ridicularizada e que tenha surtido tantas piadas como a transferência do lateral Douglas do São Paulo para o Barcelona, no início da temporada passada. Ao mesmo tempo em que os culés não entendiam os motivos da aquisição blaugrana, nós brasileiros zombávamos e comparávamos a tal compra com outros negócios um tanto quanto esquisitos do clube, como Fábio Rochemback e Keirrison, por exemplo.

Entretanto, as potenciais presepadas do lateral direito não foram o pico de desconforto da equipe azul-grená. O contraste do ataque pode ser considerado a maior bizarrice do time.

Quando por um lado atua o trio mais espetacular do mundo atualmente, por outro, os substituindo diretamente, faz-se presente dois jogadores de extrema falta de qualidade. Oriundos da La Masia, famosa categoria de base do time catalão, Sandro Ramírez e Munir El-Haddadi surgiram como promessas com campanhas pelas equipes inferiores do Barcelona e transformaram-se no verdadeiro pesadelo do torcedor.
Não adianta apontar, Lucho. As pernas da dupla parecem não corresponder às exigências que um clube de grande escalão possui.


A ausência de uma das peças do trio MSN, às vezes, nem é tão impactante, como pudemos observar durante os dois meses em que Lionel Messi esteve lesionado. Entretanto, quando o tridente se desconstitui por completo, nem o melhor jogador da Europa consegue resolver as coisas. Com dificuldade em todos os recursos, desde os mais periciais até os mais básicos, a dupla Munir e Sandro protagoniza cenas de terror no relvado.

Contra o Bayer Leverkusen, em partida válida pela última rodada da primeira fase da UEFA Champions League, os dois atuaram juntos e, mesmo com a presença do camisa 10 argentino, ambos não acertavam nada, em absoluto. Domínios esquisitos, passes fracos ou sem direção e momentos em que enterravam as oportunidades de ataque blaugrana. Os dois revelaram e escancararam a necessidade que tem o Barcelona de contratar alguma peça de ataque para substituir Neymar, Suárez e Messi, quando necessário for.

E o Douglas? Pois é, a possibilidade do brasileiro entrar parece incomodar bem menos do que a presença no banco de reservas - ou em campo - da lamentável dupla canterana.
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