Com 10 títulos catarinenses já conquistados ao longo de sua história, o Criciúma busca voltar a vencer o campeonato estadual, coisa que não acontece desde o ano de 2013, quando superou a Chapecoense na final. Depois de brigar, mas não conseguir conquistar o título em 2016 terminando na 3ª colocação, o Tigre espera não bater na trave novamente esse ano e voltar a dar, para a sua torcida, a alegria de gritar ‘’É Campeão’’.
Em 2013 o Criciúma conquistou sua 10ª e última taça estadual até aqui (Foto: Rodrigo Goulart/Diário do Iguaçu) |
Se preparando para disputar a Série B pela 3ª vez
consecutiva, o Criciúma teoricamente corre por trás dos rivais Avaí e
Chapecoense, que em 2017 disputarão a primeira divisão e até a Libertadores no
caso da Chape. Mas os carvoeiros mais otimistas não se abalam e preferem se
apegar aos bons exemplos do passado, sendo o mais extremo deles, a conquista da
Copa do Brasil de 1991, maior feito do Tigre em seus 96 anos, realizado em uma
temporada onde o clube também disputava a segunda divisão e não era apontado
como favorito ao título. Outros títulos importantes na história do Tricolor são
a Série B de 2002, e a Série C de 2006.
Para buscar a 11 ª conquista estadual e o acesso para a
primeira divisão, ou quem sabe até uma surpresa como um bicampeonato da Copa do
Brasil, ou o título inédito da Primeira Liga, o Criciúma estará em 2017 sob o
comando do jovem treinador Deivid, ex-centroavante de sucesso por vários clubes
brasileiros, que realiza seu segundo trabalho na função, depois de ter estreado
no Cruzeiro.
Sendo a bola da vez da direção do Tigre, que costuma
apostar em treinadores jovens, Deivid tem em mãos a seguinte equipe base: Luiz;
Maicon Silva, Raphael Silva, Giaretta e Marlon; Barreto, Douglas Moreira e Alex
Maranhão; Pimentinha, Jheimy e Adalgiso Pitbull.
A campanha do título da Copa do Brasil de 1991, comandada
pelo até então jovem Luiz Felipe Scolari, começou vencendo o Ubiratan-MS, por
5x1 no placar agregado. Na fase seguinte, a zebra já começou a dar as caras,
pois o Tigre passou pelo Atlético-MG, conseguindo duas vitórias por 1x0. Nas
quartas de final, deixou o Goiás para trás, com um empate por 0x0 e uma vitória
respeitável por 3x0. Na semifinal, venceu os dois jogos contra o Remo, por 1x0
e 2x0. Na final, enfrentou o Grêmio, que havia vencido a competição dois anos
antes. No Olímpico, o Tigre arrancou um empate por 1x1. Decidindo o título no
Heriberto Hülse, segurou o Tricolor Gaúcho, e o empate por 0x0 deu o título ao
time catarinense, pelo critério do gol marcado fora de casa. Foi o primeiro
clube de Santa Catarina a disputar a Libertadores, e fez bonito, chegando até
as quartas de final, sendo eliminado pelo São Paulo de Telê Santana, que viria
a ser campeão.
Os torcedores tricolores sabem que repetir o feito
conquistado 26 anos atrás é praticamente impossível, e por isso querem primeiro
voltar a comemorar títulos regionais, para que possam ao menos sonhar em voltar
aos períodos de maior glória do clube.