Talvez você só tenha ouvido falar de Idrissa Gueye como mais um jogador em campo com a camisa dos azuis de Liverpool. Mas, o líder de desarmes da Premier League é fundamental para o funcionamento do sistema defensivo dos Toffes e, por isso, é o cara do Olhar 4-3-3 desta semana.
Nascido em Dakar, capital do Senegal, Idrissa teve uma infância típica de uma criança africana que, em diversos pontos, se assemelha com a infância das crianças periféricas brasileiras. Vivendo em torno do futebol jogado descalço, nas ruas, com balizas laterais feitas de pedra, parando apenas para dormir, o que destruíam seus pés. Era o amor ao esporte, o amor pela vitória.
Aos 14 anos, Gueye deixou o futebol com os amigos em campos arenosos para unir-se ao Diambars Trainning School, projeto criado pelo lendário volante Patrick Viera, também nascido em Dakar. A iniciativa consiste em dar educação aos jovens senegaleses, no entanto, também tem sido peça importante para a proliferação dos sonho chamado futebol e já levou aos campos europeus, além de Gueye, o lateral do Crystal Palace, Pape Souaré.
Seu destaque no clube senegalês logo o levou à França, mais precisamente ao Lille, que assim como a maioria dos times franceses, aproveita das antigas colônias de seu país para obter promessas futebolísticas. Foram duas temporadas no Lille B e, com o destaque obtido neste curto período, a ida ao time principal onde obteve notório destaque.
Foram 176 partidas e a conquista do Campeonato Francês e da Copa do França no time que tinha como destaque Eden Hazard ainda aparecendo para o futebol, mas já sendo peça fundamental. Gueye, no entanto, afirma que pelo contato que obteve com o astro belga pode confirmar que todo seu sucesso é fruto de bastante treino e dedicação.
O sucesso no Lille, clube que defendeu por 5 anos, levou Gueye para a principal liga futebolística do planeta, a Premier League. O Aston Villa desembolsou cerca de 7 milhões de Euros para contar com o meia que, naquela ocasião, tinha 25 anos e já demonstrava a regularidade em seu futebol extremamente defensivo.
A temporada passada, primeira do senegalês na Inglaterra, já fora surpreendente. O volante foi responsável por 140 interceptações e 108 desarmes ficando atrás apenas de N'Golo Kanté, que foi simplesmente sensacional em sua passagem pelo Leicester. A boa temporada de Gueye, entretanto, foi fundamental para mais um passo importante em sua carreira, a ida para o Everton, time de tamanho indiscutível e diretamente influente na tabela da Premier League.
No Everton, até aqui, foram mais de 90 desarmes feitos e a liderança - com folga - neste quesito, fruto de mais uma temporada em alto nível. Gueye, no entanto, é mais um da escola de volantes que passam despercebidos em uma partida, apesar da perceptível qualidade técnica, assim como seu rival no quesito desarmes, Kanté.
Hoje em dia, ver uma partida do Everton é apreciar o que melhor um volante pode fazer na parte defensiva e ainda notar capacidade para influir também na no ataque. Gueye é, sem dúvida nenhuma, um dos grandes jogadores dessa Premier League. Um acerto e tanto de Koeman. Vale demais o olhar dos fãs de futebol.
Hoje em dia, ver uma partida do Everton é apreciar o que melhor um volante pode fazer na parte defensiva e ainda notar capacidade para influir também na no ataque. Gueye é, sem dúvida nenhuma, um dos grandes jogadores dessa Premier League. Um acerto e tanto de Koeman. Vale demais o olhar dos fãs de futebol.