Exorcizando o fantasma do "grupo da morte"


O Grêmio, apesar do 2015 quase impecável com Roger Machado, ainda tinha a incerteza na Libertadores, principalmente após descobrir que estava no considerado grupo da morte com LDU, Toluca e San Lorenzo. O caminho foi complicado, o roteiro já anunciava as dificuldades, mas no fim, o tricolor superou as dificuldades e está classificada.

Tinha então como primeiro objetivo enfrentar uma longa viagem até o México e enfrentar o Toluca. Com vários erros defensivos, e mesmo com um jogador a mais em boa parte da partida, perdeu por 2x0. Veio a LDU, em crise no seu torneio nacional, com boa atuação e estreia de gala de Miller Bolaños, um 4x0 com autoridade diante de uma Arena do Grêmio com bom público. Mais um jogo na Arena, agora diante do time do Papa, o San Lorenzo, um jogo considerado sonolento por alguns, um empate insistente em 1x1, fez com que a situação tricolor se complicasse, pelo menos até aquele momento. Quatro pontos em três jogos disputados, necessitava pontuar nos dois jogos consecutivos fora, logo contra San Lorenzo e LDU.

No Nuevo Gasómetro, com Marcelo Grohe em dia de “santo” e um gol salvador da joia tricolor Lincoln, arranca um empate heroico. Na rodada seguinte, enfrentou uma LDU praticamente derrotada, com o treinador recentemente demitido, e com sua torcida desconfiada, já que o time equatoriano não vence, muito menos convence há um bom tempo. Mesmo enfrentando a altitude, um gramado judiado e um time ainda com esperanças de classificação, consegue uma vitória na base da raça por 3x2, e garante a classificação antecipada para a próxima fase, na quinta rodada do returno.
O unido elenco gremista superou uma enorme dificuldade e está na próxima fase.

O jogo de terça contra o Toluca na Arena era importante para que o Grêmio melhorasse sua situação na classificação geral, mesmo com a vaga nas oitavas garantida, a pontuação ainda era pequena, apenas 8 pontos. Até que o “garçom” Luan apareceu novamente. O maior assistente da temporada, diferente de 2015, em que o craque tricolor era o artilheiro do time, deixa o baixinho Ramiro que estava fora devido a uma crise de caxumba, cabecear com estilo e tirar do goleiro mexicano, 1x0. Ainda houve um gol de Henrique Almeida, bem anulado por sinal. Logo após, foi apenas administrar o resultado e garantir mais uma vitória na Libertadores.

Não é a primeira vez que o tricolor gaúcho de Roger, enfrenta um grupo considerado da morte, foi assim em 2014, naquela época treinado por Enderson Moreira, que esteve no mesmo grupo que Newells Old Boys, Atlético Nacional e Nacional do Uruguai, passou em primeiro lugar, com uma das melhores campanhas da fase de grupos daquela edição, 14 pontos conquistados em 6 jogos possíveis.
Roger e seus comandados focam também no estadual.

Mas a semana tricolor ainda não acabou. Nesta quinta, há o primeiro duelo pelas semifinais do Gauchão, o Juventude de Antônio Carlos Zago, em Caxias do Sul. O Grêmio por ser o primeiro na classificação geral do estadual, decide em casa no próximo domingo às 16 horas, dentro da Arena. Além da Libertadores, o Gauchão se tornou obsessão por parte de jogadores e pelo presidente Romildo Bolzan, vale ressaltar que o título “caseiro” não vem desde 2010, e desde então, o Internacional vem levando todos os canecos.

Resta saber qual será o adversário nas oitavas da Libertadores, será o Boca Juniors, reeditando uma decisão como em 2007? O River Plate de Andrés D’Alessandro? Vamos esperar para ver.

Grupo da morte? Não para o imortal tricolor, o sufoco já passou, pelo menos por enquanto.
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