O impacto e bom rendimento foram imediatos. Caiu no gosto da torcida e fazia excelentes partidas. Era o 10 que fazia a diferença em várias partidas. Com as boas atuações, interessados apareciam e a carreira parecia que iria decolar. Mas, novamente as lesões o atrapalharam. E o pior, viraram rotina. Cada vez menos em campo, Renato se viu obrigado a retornar ao Brasil e mesmo dando preferência ao rubro-negro, foi parar no Corinthians.
No alvinegro não convenceu logo de inicio, além de conviver com pequenas lesões. Em 2014 quase deixou o clube por conta da chegada de Jadson, que segundo Mano Menezes não podia dividir espaço no 11 inicial com o camisa 8, que aquela altura ainda era um 10 de criação, assim como o ex-são paulino recém chegado. O meia acabou não saindo e viu Tite chegar em 2015.
Adenor enxergou nele uma nova função. Não era mais o camisa dez do último passe jogando próximo do centro avante, vinha de trás, conectava ataque e defesa. As atuações gradativamente melhoraram, as lesões já não o incomodam e a chance na seleção apareceu. Desde 2011 sem ser convocado, Renato fez por merecer.
- Quem vive meu dia a dia sabe o quanto sofri para estar aqui hoje. Abri mão de muita coisa, faço um trabalho especial, um pouco a mais do que todo mundo. Vejo que estou indo pelo caminho certo. Isso mostra que minha força de vontade deu frutos.
Renato deve muito a Tite, maior responsável pelo reencontro do meia com o melhor futebol |
O próprio meia admite que por vários momentos achou que nunca mais pudesse ter essa chance. As lesões o abalaram, mas ele nunca desistiu. Tite mostrou ao meia o caminho e ele aproveitou. Ontem foi titular e fez gol diante do Peru, era praticamente impossível não se emocionar.
Versátil e inteligente o meia pode ser peça chave no 4-1-4-1, esquema que Dunga utilizou ontem. Muitos ainda contestam sua convocação e principalmente seu lugar no time, porém, não é nenhum absurdo o imaginar como titular. Na função que ele se encontrou em Itaquera, talvez seja nossa melhor opção.