Doze Anos se passaram e o galo enfim volta a ter um volante tecnicamente diferente. Desde a saída de Gilberto Silva em 2002 o Atlético Mineiro nunca conseguiu formar seu elenco com um volante de tamanha qualidade e importância, até a chegada de Rafael Carioca.
Exemplos recentes mostram que o meio campo do galo era baseado na sua eterna personalidade, a raça. Pierre e Donizete, hoje queridos pela torcida, foram os que mais se destacaram nesse aspecto. Porém, para um campeonato de pontos corridos onde o que manda é a regularidade, necessita-se de mais técnica.
Rafael Carioca chegou em 2014 emprestado do Spartak Moscou e foi banco de reservas dos dois pitbulls do Galo. Logo na Copa do Brasil conseguiu titularidade ao lado de Leandro Donizete. Assim, começou a fazer a função de segundo volante, na qual se destacou ganhando a confiança do técnico Levir. Além de passes e desarmes o meia dava apoio ao ataque e recompunha a defesa na subida dos laterais (muito comum no atlético desde 2012). Um ano se passou e o atual campeão da Copa do Brasil foi também campeão do campeonato mineiro permanecendo com a dupla de volantes na maioria dos jogos.
Em 2015 na libertadores o jogador teve seus momentos de destaque, como contra o Santa Fé na qual o primeiro gol saiu através de seu desarme no meio campo e principalmente quando o galo enfrentou o Colo-Colo dentro de casa e o volante marcou o gol da classificação.
O empréstimo de Rafael Carioca acaba no meio da temporada. O jogador tem contrato com o Spartak Moscou até 2018, porém negocia sua permanência no clube mineiro. O Atlético faz de tudo para a renovação, mas fica cada vez mais difícil devido ao alto poder de aquisição do clube russo. Outro fator que pode dificultar ainda mais a negociação é a demissão do dirigente russo Roman Askhabadze, que intermediava as conversas sobre um novo empréstimo. A permanência do meio campista no clube será de fato um grande negócio e consequentemente um grande avanço para a conquista do bi campeonato brasileiro.
