Além das noites frias e chuvosas


Com as novas cotas de TV os times ingleses aumentaram o seu poderio financeiro. Logo, equipes médias e pequenos tornaram-se capazes de fazer grandes contratações, do ponto de vista do valor das transferências, e melhorar a qualidade dos seus elencos. Os valores começaram a passar facilmente dos 10-20 milhões de libras. Mas só ter dinheiro não é suficiente para elevar o nível de determinado plantel, é preciso contratar jogadores que agreguem e contribuam para uma melhora no futebol da equipe, ou seja, é preciso saber aproveitar bem a verba à disposição. E o Stoke City de Mark Hughes vem fazendo isso: contratações que estão fazendo o futebol do time subir de patamar e contribuindo para a crescente das últimas temporadas.

Antes de ter no comando Mark Hughes, o Stoke era treinado por Tony Pulis que é conhecido pelo seu estilo de jogo bastante defensivo, que utiliza muito a força física e a bola aérea. Esse estilo permitiu ao Stoke se estabelecer na Premier League, como um time de meio de tabela e que não passava sustos com risco de rebaixamentos. A maneira pragmática de atuar dificultava até para os times grandes, principalmente, quando tinham que enfrentar os Potters no Brittania Stadium. Existe até a expressão criada por um narrador inglês para enfatizar as dificuldades dos gigantes no estádio dos Potters: “conseguiria Messi fazer (o mesmo que faz no Espanhol) numa noite fria e chuvosa em Stoke?”. Porém, com a troca de comando a essência da equipe se modificou e Mark Hughes implantou um estilo em que a qualidade técnica dos jogadores se tornou primordial, ao contrário da época em que seu antecessor presava pelo físico. Para implantar tal filosofia, contratações foram feitas. 

Com Tonis Pulis, como foi dito anteriormente, o time manteve-se estável no Campeonato Inglês, mas com a chegada de Hughes o time evoluiu tanto no futebol apresentado, que mostra muito mais qualidade, quanto no desempenho, já que na primeira temporada de Hughes, ele guiou o Stoke para o 9 º lugar e o maior número de pontos (50) desde 1974-1975 que foi superado nas duas temporadas seguintes (54 e 51 pontos respectivamente).
Nas suas três primeiras temporadas com o Stoke, Hughes conseguiu terminar na parte superior da tabela (9º lugar).
















Esse futebol mais agradável de ver deve-se aos jogadores contratados. Na temporada passada, por exemplo, o treinador buscou jogadores como Shaqiri, Afellay e Imbula que elevaram o nível técnico do elenco dos Potters, que já contava com Arnautovic e Bojan que eram boas opções. Já nessa temporada o Stoke foi preciso nas contratações e buscou jogadores para os setores mais carentes do time titular.

Para a zaga, que perdeu Philipp Wollscheid, veio Bruno Martins Indi, do Porto. Para o meio de campo contrataram Joe Allen, que fez uma Eurocopa muito boa, ficando inclusive na seleção de melhores da competição. E para o ataque, setor que a torcida mais desejava uma contratação, trouxeram Wilfried Bony que estava em baixa no Manchester City, mas antes de ir para o clube de Manchester tinha feito grande temporada pelo Swansea e os torcedores esperam que ele possa repetir esse bom momento com a camisa dos Potters. No total, chegaram nessa janela de transferências 5 contratações que custaram juntos 23,14 milhões de euros, um valor muito bom considerando o mercado inflacionado e os nomes que vieram. Vale salientar também que alguns vieram por empréstimo, como Bony e Martins Indi.
Mark Hughes vem mudando a cara do Stoke City, desde o futebol apresentado até nas contratações.














O Stoke vem modificando-se ao longo das últimas temporadas tanto na sua política de contratações quanto no seu estilo de jogo e com grande influência de Mark Hughes que está elevando o patamar do time. Essa ascensão, que está tendo um suporte muito importante das novas cotas de televisão, tende a colocar os Potters na briga por posições cada vez mais altas na tabela e a contribuir na vinda de nomes de mais destaque, como foram Allen e Shaqiri. Com essas mudanças o Stoke está se tornando cada vez melhor e mais capacitado para causar dificuldades para os demais clubes, não só numa noite fria e chuvosa no Brittania Stadium.
As contratações do Stoke nessa janela de transferência, nomes pontuais que só tem a contribuir para o time.

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