Tranquilo, favorável, vermelho e branco


Por incrível que pareça, existe futebol bem jogado em Stoke. Trajando a inconfundível camisa alvi-rubra, os comandados de Mark Hughes, após terem terminado a temporada passada numa regular-porém-decepcionante nona posição, chegam na atualidade com o objetivo de subir na tabela. E potencial para tal o time tem. 

Com o aparente abandono de tudo aquilo que a "filosofia Tony Pulis" prega, o Stoke City, do meia Bojan (que parece ter deixado de lado a etiqueta errante de “novo Messi” e abraçou a de “cérebro do meio-campo dos Potters”) pratica um vistoso porém frágil futebol. Mesmo com um bom ataque, liderado pela grande estrela do time, o austríaco Marco Arnautovic, a defesa ainda pena. Mesmo em nono, a equipe terminou a ultima Premier League com um saldo negativo de 14 gols. No entanto, há mudanças à vista. O promissor goleiro Jack Butland, apontado como um dos melhores arqueiros da última temporada inglesa, e o zagueirão Ryan Shawcross prometem arrumar essa desordem que é a defesa do Stoke, único meio que pode proporcionar o alcance de vôos mais altos. 
Depois de excelente Euro, Allen chega para formar, provavelmente com Imbula, um interessantíssimo meio de campo.

Além disso, a equipe se reforçou no verão europeu. Chegaram o promissor meia egípcio Ramadan Sobhi e o central, destaque da Eurocopa jogando por Gales, Joe Allen, oriundo do Liverpool. Juntos, eles engrossam o caldo de interessantes jogadores da equipe, que, além dos já citados, conta ainda com o suíço Xherdan Shaqiri e o holandês Ibrahim Afellay. 

Sem chutão e correria, na base dos passes e da bola pensada, o Stoke chega "suave" a mais uma Premier League. O rebaixamento é improvável. A possibilidade de beliscar uma Europa League existe, mas a concorrência é altíssima, tornando-a assim mais difícil. Assim chega o Stoke no pós-verão. Tranquilo, favorável e quieto. 

Como um mineirinho, espera comer quietinho para alcançar a gloria. 
Compartilhar: Plus