Processo de fixação


Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…

Martelando com calma, paciência e muito, muito trabalho, o West Ham pregou o primeiro prego na elite do futebol inglês. A vaga para a Europa League veio, e, dessa vez, a equipe não deixou a competição europeia de lado. Parece se importar em jogar um futebol para exportação. Aquele que, literalmente, não é para inglês ver.

Os Sam Allardyces, Kevin Nolans e Modibo Maigas parecem ter ficado para trás. O técnico Slaven Bilic trouxe uma nova face ao West Ham na temporada passada, impondo um futebol físico-porém-bem-jogado. Os passes parecem fluir mais, os laterais apoiam muito os “wingers”, o centroavante é ora alto, ora habilidoso, ora rápido. Um casamento bizarro entre o espírito holandês e a magia inglesa. Tudo regido por um croata. A presença de jogadores no elenco como Kouyate, Lanzini, Noble, Antonio (surpreendentemente, o segundo grande jogador da equipe na temporada passada), e, principalmente, Payet (voltaremos a ele na posterioridade) indicam tal mudança de pensamento. Slaven Bilic é mais um daqueles novos treinadores os quais merecem atenção.
Apesar do maior destaque dado a outros treinadores, Slave Bilic merece muita atenção no comando dos hammers.

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…

Mudança que também veio no aspecto físico do clube: adeus Upton Park, olá Estádio Olímpico. O ambicioso projeto do West Ham de se firmar entre os grandes caminha intrinsecamente conectado à mudança de sua casa. O antigo estádio parecia pequeno para os desejos do clube. No entanto, é uma grande perda. Muitos anos de história gloriosa, dura e sofrida armazenada em toneladas de concreto e madeira se foram. Porém, uma nova página se materializa na frente dos hammers. Uma enorme página. E, visto isso, o West Ham foi ao mercado buscar canetas, lápis e pincéis para pintá-la.
A nova casa das bolhas de sabão.

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…

Saíram poucos. Song, Tomkins, Emenike. Nenhum titular absoluto, nenhum craque, nenhum jogador insubstituível. Malandramente, chegam os excelentes Gökhan Töre e André Ayew. De maneira inocente, Lanzini foi contratado junto ao Al-Jazira em definitivo e o jovem Masuaku, vindo do Olympiacos, desembarcou em Londres. Envolvidos com o projeto, Nordtveit e Feghouli, ambos de graça, engrossam o “caldo gourmet” do elenco maravilhoso do West Ham. Rumores fortes indicam ainda a vinda de Carlos Bacca, do Milan, e Jonathan Calleri, ex-São Paulo. Mas, convenhamos: mesmo se tais negócios melarem, o West Ham martelou forte no mercado. Trouxe quem precisava e qualificou magnanimamente o elenco. Bilic terá aquela dor de cabeça gostosa ao armar o time.

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…

Time que pareceu, temporada passada, quando terminaram a Premier League em sétimo lugar, muito dependente de Dimitri Payet. Quando o homem machucou, ficando fora por um período, o time ficou sonolento, chato, inóspito, irritante e entediante. Além disso, a equipe começou a ter resultados ruins. Poucos gols, muitos empates, algumas derrotas. Uma certa “Payetdependência” acontecia. Mas, pela janela sólida, tudo indica que isso se consertará na atual temporada.
Se na temporada passada a equipe dependia nitidamente de Payet, dessa vez o francês parece ter melhores companhias.

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…

O West Ham é um daqueles times que conseguem te colocar um sorriso no rosto. Carismático, praticante de um bom futebol, conta com um grande jogador no caminho para sua “santificação” no clube (muitos torcedores consideram Payet como um dos melhores da historia dos hammers), adquiriu um belo elenco e tem um promissor técnico que almeja ser um dos grandes. Sim. Martelam fortemente pregos no chão dos grandes da Inglaterra. Eventualmente, se fixarão no alto da tabela.

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc…
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