Apesar de algumas temporadas de destaque na Europa, Pedro Geromel chegou ao Grêmio, em 2013, como um desconhecido do grande público. Não demorou muito para que o zagueiro demonstrasse sua qualidade e hoje ele é imprescindível para o sistema defensivo do tricolor. O alto nível nos gramados do Rio Grande do Sul o coloca cada vez mais perto de representar a seleção. Se dependesse de quem acompanha o futebol nacional, ele já estaria convocado. Batemos um papo com o zagueiro de 28 anos, confira:
1. Mesmo depois de muito tempo fora do país, hoje você tem seu nome pedido pela grande maioria na seleção brasileira. Como você se sente a respeito disso?
Ótimo, estou vivendo o melhor momento da minha carreira e espero focar e honrar a camisa do Grêmio. Falar em seleção é normal, porém quero continuar trabalhando duro no clube, assim as coisas acontecem naturalmente.
2. Qual é sua opinião quanto às destacadas ideias do Roger Machado? Acredita que ele, com mais experiência, poderá vir a se consolidar como uma referência de grande técnico? O que você aprendeu com ele?
Com certeza, o Roger é um treinador muito inteligente, está sempre buscando se aprimorar. Creio que no futuro ele chegará na seleção, até pelo estilo dele, é calmo quando tem que ser calmo e enérgico quando tem de ser.
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| Apesar de novo, Roger Machado vem se destacando no cenário nacional. Para Geromel, é questão de tempo para vermos na seleção. |
3. Você é um jogador que estourou no Brasil próximo da casa dos 30 anos. Acha que o fato de ter começado a ganhar destaque nacional numa idade considerada avançada é um tipo de empecilho para sua convocação, visto que a seleção sofre pressão pro renovação para 2018?
Isso vai depender do técnico da seleção. Temos muitos exemplos de jogadores com idade avançada que dão conta do recado. Mas como eu disse, quero primeiro focar no Grêmio.
4. Quando mais novo, acabou saindo do Brasil para Portugal sem ter ao menos estreado no profissional. Passou pela sua cabeça defender outra seleção? Rolou algum convite?
Nunca. Eu fui com o único pensamento de me firmar e me estabilizar.
5. Como dito acima, passou muito tempo fora do país, foi eleito por 2 vezes o melhor zagueiro da Bundesliga na Alemanha e após alguns anos retornou ao Brasil, onde enfim tem o destaque merecido. Se pudesse cravar um auge, que fase sua seria considerada o ápice, a atual ou a anterior fora do país?
Creio que a atual e espero coroar isso com um título este ano.
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| Depois de alguns prêmios na Europa, Geromel também foi coroado como um dos melhores do Brasileirão do ano passado. |
6. Antes de vencer o Corinthians, o Grêmio vinha de uma série de jogos negativamente surpreendentes e difíceis. O clube ainda vai passar mais um período sem Walace e Luan devido as Olimpíadas. Apesar das ausências, o elenco pode se manter na brigar por uma posição de destaque no campeonato mesmo sem duas de suas melhores peças? Como você enxerga o desfalque dos dois?
Creio que sim, temos um grupo muito focado e jogadores de qualidade. É normal as equipes perderem jogadores ao decorrer do campeonato e quem quer ser campeão tem de lidar com isso. Luan e Walace são ótimos jogadores e merecem a convocação. Assim como nós fomos desfalcados, outras equipes também foram, por isso temos que continuar trabalhando duro.
7. Você atuou por vários clubes em diversos países, consequentemente esteve ao lado de vários zagueiros, e enfrentou muitos atacantes. Qual foi sua melhor dupla de zaga? E qual foi o atacante mais difícil de marcar até hoje?
Pergunta difícil, mas acho que eu e o Rhodolfo fizemos um ótima dupla e formar uma defesa consistente. Atacante é difícil citar um só...
8. Quando jogou com o Rhodolfo, vocês dois fizeram uma das melhores duplas dos últimos anos em um Campeonato Brasileiro, ficando mais de 800 minutos sem sofrer gols. Como era a sua relação com ele? O que é levado em conta na hora de formar uma dupla de zaga consistente? Há algo mais além de apenas qualidade técnica?
Era ótima, além de colegas de trabalho somos amigos, o que facilita dentro de campo. Além da técnica é muito importante conhecer o parceiro de zaga, ter afinidade e conversar durante o jogo. Fazíamos muito isso.
9. Você conquistou inúmeros títulos individuais, porém ainda não possui nenhum título relevante no âmbito coletivo. O Grêmio vive essa seca de 15 anos sem títulos importantes, você sente esse peso quando entra em campo? Existe uma pressão mesmo que interna pra que esse caneco venha logo?
Existe, sabemos da pressão, pois um clube do tamanho do Grêmio não pode ficar tanto tempo sem conquistar nada de relevante. A torcida pode ter certeza de que estamos lutando muito para acabar com essa seca.
10. Sonha em retornar para a Europa? Existem propostas?
No futebol tudo pode acontecer, mas quero focar só no Grêmio no momento.
11. Seu irmão é dono do Fort Lauderdale Strikers. Após encerrar a carreira, pensa em seguir os passos de seu irmão como empresário? Talvez algum envolvimento com o próprio clube americano, ou quem sabe se tornar treinador.
Até lá tem muita água pra rolar ainda, creio que não é hora de pensar nisso.
12. Foi um prazer para nós do 4-3-3 concluir essa entrevista. Deixe aqui suas considerações finais e seu recado para todos que lerem essa entrevista, nós desejamos tudo de melhor.
Muito obrigado, eu que agradeço! Sorte para vocês e um grande abraço para a nação gremista que está sempre nos apoiando, podem ter certeza que lutamos por vocês! Abraços!





