Entre 1937 e 1948, Josef Bican (lê-se Bítsan) era o nome mais aclamado pelos torcedores do Slavia Praga, à época time da Tchecoslováquia. Em toda sua carreira, reza a lenda que o jogador marcou cinco mil gols. De acordo com a Federação Internacional da História do Futebol e Estatísticas (IFFFS), Bican é o maior artilheiro de todos os tempos, tendo anotado cerca de 1400 tentos (sem contar com os da 2ª divisão de 1952 e contando com os amistosos).
Nascido em 1913, em Viena, estreou em 1931 pelo Rapid Viena, em uma partida contra o maior rival do clube, o Austria Vienna. O resultado? Um hat-trick. Nas suas três primeiras temporadas, o tcheco fez 68 jogos em 61 gols, apenas contando as partidas oficiais. Se contarmos os amistosos, em grande quantidade na época, Josef Bican chega ao número de 184 gols em 144 jogos.
Após esse momento de destaque, ele se transferiu para o Admira Vienna (atual FC Admira Wacker Mödling) onde entre os anos de 1935 e 1937 balançou as redes em 119 oportunidades nas 85 partidas que disputou.
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| Josef Bican e sua melhor amiga: com ela, o jogador marcou mais de mil gols. |
Em 1937 começou sua passagem de mais sucesso, no Slavia Praga, que durou até 1948. Pelo clube, Bican anotou impressionantes 832 gols em 427 jogos, de acordo com a RSSSF, média de 1,94/jogo.
Em entrevista, o artilheiro compara os tempos em que jogava aos dias de hoje. “Eu ouvi muitas vezes que era mais fácil fazer gols no meu tempo. Mas as chances eram as mesmas cem anos atrás e serão as mesmas daqui a um século. A situação é idêntica e todos devem concordar que uma chance deve ser um gol. Se eu tivesse cinco chances, eu fazia cinco gols – se fossem sete, então seriam sete gols”.
Outra curiosidade é que Josef jogou por três seleções. Primeiramente, junto com Matthias Sindelar – maior esportista austríaco do século XX - e outros astros, formou o Wunderteam (Time Maravilha) Austríaco, tendo inclusive feito gol na Copa de 1934 contra a França nas oitavas-de-final.
Além da Áustria, que defendeu entre 1933 e 1936, Bican também representou as cores da Tchecoslováquia entre 1938 e 1947, marcando 12 vezes, e em 3 partidas vestiu o uniforme da Seleção do Proletariado da Boêmia e Morávia, território criado e administrado pela Alemanha Nazista, marcando 3 gols.