Acreditem, o Barcelona não está bem.
Não se deixem enganar pela liderança provisória e os 100% de aproveitamento possuídos até a rodada anterior e frisem que estamos falando do atual campeão da Copa nacional, Liga espanhola e UCL.
Resolvi fazer o papel de demônio da instituição blaugrana e apontar quem é o culpado, ou quem são os culpados.
Chegamos à 5ª rodada da Liga BBVA e 9º jogo oficial do Barcelona na temporada. São 5 vitórias, 2 derrotas anômalas e 2 empates. São 16 gols marcados e 16 sofridos, uma marca totalmente desproporcional às expectativas dos culés. E logo de primeira já nos deparamos com um vilão da campanha irregular: a defesa. A ausência de Piqué, a lesão de Vermaelen, Alba e Daniel Alves, e a inconstância de Bartra escancararam uma faceta conhecida do Barcelona de Luis Enrique. As peças de reposição são totalmente assimétricas com as peças titulares. Traz-se a baila a gritante mudança no estilo de jogo de Mathieu pra Alba, por exemplo. Ou na experiência de Daniel Alves com Sergi Roberto que, apesar das críticas com suas atuações como meia, não comprometeu na ala. Mas o problema não para por aí. As recentes apresentações do goleiro Ter Stegen na meta do time catalão tem deixado os torcedores com saudade do chileno Claudio Bravo. São três falhas na temporada. Uma a cada 3 partidas do Barcelona. Por certo que não cabe dizer que é um goleiro fraco, pois se tem a noção de que é um atleta promissor, mas, infelizmente, não um goleiro pronto.
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| O promissor goleiro alemão vem falhando na presente temporada e ganhando uma incômoda fama de adiantado |
Pulando para a próxima faixa de campo, temos um setor com o rendimento mais baixo da temporada passada, se contarmos toda sua extensão. O meio de campo de Luis Enrique é desorganizado e conta com a péssima fase de Iniesta que, inclusive, mantém-se irregular até a presente data. Uma pena, já que sua escalação é praticamente garantida apenas pelo o que ele representa. Com a lesão de Rafinha, que começara bem a temporada, as coisas ficam mais conturbadas. Com a insistência pífia de Luis Enrique em poupar pelo menos dois jogadores por partida, o rendimento da equipe é sofrível, necessitando sempre de um gol chorado e mal trabalhado para abrir caminho. Claro, presume-se que o ferrolho montado pelos times de menor potencial na Espanha se abram ao levar o primeiro tento, coisa que pode demorar a acontecer, visto a enorme dependência da equipe blaugrana com seu trio mortal, MSN. Até lá, o Barça, enquanto sua meia cancha permanece abaixo do esperado, dá murro em ponta de faca. Ainda, cabe trazer à luz a necessidade de seu melhor jogador, Lionel Messi, ter que voltar para criar as jogadas. Óbvio, o argentino acaba consagrando seus companheiros com sua genialidade, mas faz um serviço extra apenas por omissão do seu treinador em moldar corretamente o setor.
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| O melhor jogador da final da UCL 14/15 foi irregular durante toda a temporada passada até o momento. |
No ataque, o ímpeto mantém-se grande. O luxo também. O trio é o melhor e isso é inegável, mas algumas peculiaridades começam incomodando nessa temporada. Neymar ainda não despontou e isso se mostra claro nas primeiras partidas da Liga, com bastante irregularidade do craque. A saída de Pedro força a escalação de Munir e Sandro, jogadores que escancaram o quão superestimada é a base catalã. Atletas fraquíssimos, sem condições alguma de estarem no plantel blaugrana. A pior parte é a não contratação de jogadores para reposição. Especulou-se Walcott, que, como suplente, seria excelente. Por enquanto, sofre o trio quando pouco acionado. Sofrem os culés.
O extracampo também demonstra algo estranho. O Barcelona tem perdido emocionalmente. Um gol e está entregue. Contra o Sevilla, um piscar de olhos e o empate ocorreu. Contra o Bilbao, um gol sofrido e perdeu-se as rédeas: goleada. Contra o Celta de Vigo, jogadores atônitos após a bela finalização de Nolito, com uma reação apática e sem brio.
O extracampo também demonstra algo estranho. O Barcelona tem perdido emocionalmente. Um gol e está entregue. Contra o Sevilla, um piscar de olhos e o empate ocorreu. Contra o Bilbao, um gol sofrido e perdeu-se as rédeas: goleada. Contra o Celta de Vigo, jogadores atônitos após a bela finalização de Nolito, com uma reação apática e sem brio.
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| O abalo com os gols sofridos é notório e atrapalham até mesmo o trio MSN de atuar da maneira que sabem |
Mas o vilão principal tem nome, sobrenome e história no clube. Trata-se do fraco treinador Luis Enrique. Muito agraciado pelo mundo da bola, após poupar jogadores e chegar inteiro para as finais das competições. Pardon me sir, mas méritos nenhum. Quem colocou esse senhor como um treinador World Class após a campanha blaugrana não foi honesto. Taticamente, cometeu atrocidades. Substituições sem embasamento e quase nenhuma grande sacada durante partidas. A exceção foi aquele 3-2 diante o Atlético de Madrid, e mais nada. Escala insistentemente Sergi Roberto no meio de campo em partidas desnecessárias contra equipes que costumam mostrar bom futebol (foi assim contra o Celta, foi assim contra os bascos), mesmo não tendo feito nenhuma boa partida nessa e na temporada anterior. Escala Mascherano com Busquets no meio. Coloca o Bartra em situações ridículas e, contra o Levante, escalou um novo MSN: Munir, Sandro e Neymar. O pardal tem a maior fatia de culpa nesse conturbado início e perceba que foi citado nos outros três problemas (ataque, meio e defesa).
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| Lucho parece problematizar mais o que já se encontra com problemas. A simplicidade no trabalho pode ser a solução. |
Mas não se precipitem, meus caros. O Barcelona mantém-se como favorito de tudo, já que possui os três melhores avançados de seus respectivos países, sendo um deles o melhor jogador da última temporada europeia, possui talento e boa fase individual de jogadores como Jordi Alba e Ivan Rakitic, tem jogadores prontos para assumir seus postos em janeiro e tem, acima de tudo, afinidade com decisões.





