A nova era "Tuchel" em Dortmund


Quem tem acompanhado a equipe do Borussia Dortmund recentemente tem percebido a evolução do time em relação à última temporada, onde o clube fez o pior 1º turno de sua história na Bundesliga e chegou a figurar na zona de rebaixamento do torneio. A equipe pouco investiu em reforços (a contratação mais cara desta janela foi a de Gonzalo Castro, que migrou para Dortmund por 11 milhões de euros) e perdeu jogadores importantes e que eram identificados com o clube, como Kuba e Grosskreutz.

Até aqui, os auri-negros possuem números surreais: São 12 jogos oficiais, 11 vitórias, um empate, 44 gols marcados e apenas 13 sofridos. Outro dado curioso é que em somente 5 rodadas na Bundesliga desta temporada o Borussia Dortmund igualou o número de pontos que obteve em todo primeiro turno da última edição do torneio. Surpreendente, não? Isso se deve ao trabalho excepcional feito por Thomas Tuchel, que tem no seu treinamento a principal causa do ótimo desempenho da equipe.

Tuchel explora o jogo coletivo dos jogadores. Mkhitaryan, Reus, Kagawa e Aubameyang formam um quarteto entrosado e extremamente importante ofensivamente com variações táticas e uma movimentação de quebrar qualquer defesa.
Aubameyang começou a temporada voando

O gabonês Aubameyang tem sido efetivo neste quesito. Atuando como centroavante, ele se movimenta frequentemente caindo pelos lados e abrindo espaços no meio para as transições de Mkhitaryan, Kagawa e Reus e possui números consideráveis: Ao todo, são 11 partidas disputadas e 11 gols marcados.

Os meio-campistas possuem funções um pouco parecidas: Reus e Mkhitaryan caem pelos lados, trocando de posições e explorando a subida dos laterais Schmelzer e Ginter. Já o “Samurai” Kagawa joga como armador e tem a função de organizar as jogadas, tanto que quase todas passam por seus pés. Se Kagawa é importante na armação das jogadas, também se deve pela participação da dupla alemã Gundogan e Weigl (recém contratado junto ao 1860 Munchen, equipe da segunda divisão alemã). Entrosados, demonstram solidez e são fundamentais na armação das jogadas da equipe, fazem transições defesa-ataque rápidas e efetivas e também agregam muito na marcação.


Além disso, Tuchel e o torcedor auri-negro finalmente encontraram a defesa considerada “ideal”: Com Schmelzer e Ginter atuando pelas laterais, Hummels e Sokratis formando a dupla de zaga e o suíço Roman Burki fazendo ótimas defesas e passando segurança para seus companheiros. Com um entrosamento essencial, Schmelzer e Ginter vêm se destacando nesta temporada com participações ofensivas em gols. Ginter, vindo do Freiburg e tendo passado por muita desconfiança pelas más exibições na última temporada esteve perto de sair – recebeu uma proposta do Borussia Monchengladbach, considerada “baixa” pelos auri-negros e “ressurgiu” no clube, colocando o experiente e importante Lucasz Piszczek no banco de reservas. Schmelzer também esteve perto de dar adeus, recebeu sondagens de vários clubes e se firmou na posição. O trabalho moral de Thomas Tuchel tem sido importantíssimo para a permanência da dupla.

Os torcedores têm motivos para se empolgar. Um time voluntarioso, incisivo, rápido, coletivo e estratégico: É isso que podemos esperar deste “novo” Borussia Dortmund de Thomas Tuchel. O legado de Klopp, até aqui, está em boas mãos.
Compartilhar: Plus