A lenda dos chamados "grupos da morte" está cada vez mais distante das bolsas de apostas. Vem sendo assim ano após ano. Desde que o futebol foi inventado, o que mais se vê são as zebras correndo pelos gramados. Nenhum outro esporte coletivo tem tantas surpresas como o futebol.
Em torneios de grupos sempre aparece "aqueles" favoritos. Mas, não tem sido bem assim. Para não irmos tão longe, a copa do mundo de 2014, aquela do inesquecível 7 a 1, nos proporcionou um bom exemplo disso. O grupo D tinha Itália, Inglaterra e Uruguai, que juntas somam sete títulos mundias. E tinha a Costa Rica, que até então só havia participado de três copas do mundo, e em apenas duas delas tinha conseguido avançar além da fase de grupos. O que mais se ouviu foi que um campeão do mundo ficaria de fora das oitavas de final. Mas foram dois os gigantes que ficaram pelo caminho. Avançaram Uruguai e a pequena Costa Rica.
Na Copa Libertadores deste ano, o grupo da morte literalmente morreu. Do grupo formado por Grêmio, o equatoriano LDU, o argentino San Lorenzo e o visitante Toluca, do México, nenhum deles permanece mais na competição. E olha que três deles já conquistaram a América. E o que dizer do atual campeão River Plate, eliminado pelo até então azarão Independiente Del Valle?
O futebol começa a mostrar que nem só de altos investimentos é que se faz um campeão. Leicester, Audax, Juventude, América Mineiro, só para citar alguns que esse ano apareceram como destaque. Não há formula mágica. Não há magia. Não há grande e nem pequeno. O que existe é algo chamado futebol. E como diria o outro, o futebol é uma caixinha de surpresas.