Pare um pouco e tente lembrar a época que começou a assistir futebol europeu. Provavelmente era muito jovem e olhava para tudo aquilo com grande empolgação. Mesmo que não torcesse para clube algum, acompanhar os melhores jogadores e os melhores times era sempre algo mágico. Um espetáculo, entretenimento garantido, mesmo sem nenhum envolvimento sentimental com os clubes.
Porém, os anos passam e tudo aquilo deixa de ser novidade. Não se tornando necessariamente melhor ou pior, porém inconscientemente perde-se um pouco desse brilho, dessa magia. Os grandes jogadores que vão se aposentando tornam-se lendas. Os grandes times, esquadrões. Símbolos que ficam no imaginário e que representam o mais próximo da perfeição. Enquanto isso, tudo aquilo que vai surgindo tende a despertar menos a atenção.
Os Galáticos são um dos times mais icônicos da história do futebol |
Entretanto, esse sentimento carinhoso, essa nostalgia por vezes natural de cada um, se torna um empecilho para olhar da forma correta aquilo que se passa na frente de nossos olhos. Para muitos, Lionel Messi não pode ser superior a Ronaldinho. O Barcelona de Guardiola não pode ser melhor que aquele de 2006. O Bayern de Juup Heynckes não pode ser melhor que o Milan de Ancelotti. Jamais haverá defesa como as melhores zagas italianas. Por mais que o debate seja válido por um nível próximo, ou o que haja atualmente seja realmente superior, a visão de muitos que leem esse texto possivelmente ainda segue essa linha de resistência.
O Bayern de 2013 conquistou tudo que foi possível, derrotou grandes times com autoridade, mas não chama tanta atenção quanto outros mais antigos |