Hoje fugiremos um pouco da questão de glórias do passado, ou
análises superficiais dos momentos atuais de clubes, e falaremos sobre o
momento da Ponte Preta (calma, que muito em breve, falaremos também da história
da Ponte), único time do interior paulista que disputa a Série A do Brasileiro
em 2015.
Depois de disputar as edições de 2012 e 2013 da Série A, o
clube campineiro disputou a Série B em 2014 e subiu com o vice-campeonato. Além disso, vem acumulando boas participações
em outras competições nos últimos anos. Em 2013 chegou a sua maior glória, que
foi o vice-campeonato da Copa Sul-Americana. Também foi campeã paulista do
interior em 2013 e 2015.
E uma das coisas que os torcedores da macaca mais
“comemoram” nos últimos anos é a fase ruim de seu rival Guarani (Confira nosso texto sobre o Bugre) que parece não ter fim. A
frase mais ouvida entre os torcedores é: “Meu rival faliu”.
Mas, vamos ao que interessa. O Brasileirão começou muito bom
para a Ponte Preta, que figurou no G4, ou próximo dele, nas primeiras rodadas
da competição, sendo comandada por Guto Ferreira e tendo como maestro o meia
Renato Cajá. Mas aí, aconteceram algumas mudanças, como a perda de jogadores
importantes como o próprio Cajá, e o atacante Rildo que se transferiu para o
Corinthians, e a má fase chegou ao Moisés Lucarelli.
O time ficou 7 jogos sem vencer, e o treinador Guto foi
demitido. Doriva assumiu o comando da equipe pontepretana e estreou vencendo o
Flamengo por 1x0 na rodada 17. Depois disso, venceu o Avaí e empatou com o
Sport na última rodada do primeiro turno. A Ponte terminou o turno inicial com
26 pontos, na 10ª colocação. Distante das primeiras colocações, onde esteve no
inicio da competição, mas numa posição que ainda é satisfatória para as
ambições da equipe no campeonato.
Parece que a troca de comando está dando certo até o
momento, já que com o treinador Doriva a equipe retomou o caminho das vitorias
e ainda não perdeu. A missão do ex-treinador do Vasco é levar a Macaca
novamente para o topo da tabela, fazendo a equipe brigar por uma vaga na
Libertadores, mesmo com um orçamento bem menor que seus concorrentes.
Na questão tática, não houve uma grande mudança, mas desde o
início do campeonato, o time-base mudou bastante, como vemos nas imagens a
seguir:
INÍCIO DO CAMPEONATO FINAL DO TURNO
A perspectiva para o restante do ano é muito boa pros lados
do Moisés Lucarelli, que além do Brasileiro, ainda disputa a Copa
Sul-Americana, e com um treinador como Doriva, que é novo, mas já possui alguns
bons feitos na carreira, como os títulos estaduais por Ituano e Vasco, pode
sonhar alto nesse restante do ano de 2015, e mantendo a base, também ter um bom panorama para o ano de
2016.
E, que todos os times do interior, se espelhem na Ponte como
modelo de gestão, para que, num futuro próximo, tenhamos mais times
"caipiras" na elite do futebol brasileiro.