A gigante Caldense


O futebol de tempos em tempos nos presenteia com simpáticos times que ocupam a famosa vaga da zebra. Temos vários exemplos disso, ano passado tivemos o Ituano no campeonato paulista, ainda no mesmo ano, tivemos na copa a sensação Costa Rica. E esse ano tivemos a felicidade de conhecer a Caldense, digo felicidade pois vermos um time com uma folha salarial de 140 mil (vários jogadores de galo e Cruzeiro recebem valores superiores a isso) terminar a fase classificatória em primeiro lugar, a frente de Cruzeiro, galo e América, se manter sem levar gol por mais de 800 minutos (8 jogos), passar um campeonato inteiro levando apenas 6 gols e ainda por cima apresentando um futebol bem jogado, sim amigos, isso é motivo para felicidade de todos aqueles que apreciam o esporte futebol.

E esse futebol apresentado tem nome: Leonardo Condé, anotem esse nome, em uma safra tão ruim de técnicos que vivemos, ver um técnico interiorano dar um banho tático em um técnico de um dos grandes do futebol, é de se ficar feliz. A caldense foi superior nos 180 minutos, jogou três tempos enquanto o galo jogou apenas um. Vimos uma Caldense anular o Atlético Mineiro no primeiro jogo e vimos a mesma Caldense ATROPELAR o mesmo Atlético Mineiro no primeiro tempo do segundo jogo. Os jogadores do time de Poços de Caldas mostraram que a mente domina o corpo, onde falhou a técnica, sobrou vontade, onde falharam as pernas, a mente carregou o corpo e em poucos momentos faltou organização no time.

Infelizmente o futebol dá, mas também tira. Com um erro de arbitragem do melhor bandeirinha do país, o título, que por direito, era da Caldense, foi para Belo Horizonte e não para Poços de Caldas. Sem teorias da conspiração, o bandeira errou, assim como o árbitro errou em não marcar o pênalti em Luan no primeiro tempo. O que os jogadores passaram foi cruel, mas não acredito que houve malícia da arbitragem. Apesar do resultado final, os comandados de Leo Condé podem voltar para as suas casas com a sensação de dever cumprido apesar do gostinho de quero mais, porque nesse campeonato mineiro e nessa final, gigante não foram Cruzeiro e Atlético, gigante foi a Caldense!


Compartilhar: Plus