Adaptado e ciente das diferenças - Sérgio Vieira


Jogando na série D de Portugal, o jovem Sérgio Vieira, de 21 anos, decidiu abandonar sua carreira dentro dos gramados. Insatisfeito com o nível competitivo que enfrentava e sentindo que dificilmente atingiria maiores patamares, resolveu se dedicar a algo que o motivasse e desse alegrias no meio do futebol. Foi aí que ele descobriu a área do treino. Satisfeito com os novos desafios, colocou na cabeça que, se não conseguiu ser um grande jogador, conseguiria atingir tal objetivo como treinador. " E foi isso que eu fiz, abandonei a carreira de jogador muito cedo, e fui estudar e me preparar para ter capacidade quando surgisse as oportunidades", conta o português.

Depois de anos trabalhando como observador e auxiliar técnico em seu país natal, Sérgio acabou tomando rumos bastante diferentes em sua carreira: veio para o Brasil. Isso aconteceu por conta de uma viagem, em setembro de 2014, quando, depois de sair do Braga, aproveitou o período sem clube para conhecer alguns países. As terras tupiniquins não podiam ficar de fora do itinerário.

"O Brasil sempre foi um país que me fascinou em nível do futebol, da história que tem dentro do futebol, em nível de seleções e jogadores que exporta, a dimensão do futebol é sempre algo que fascina todos esses países menores, embora Portugal tenha campeonatos até mais competitivos, mais organizados, mas não tem a dimensão que tem o futebol brasileiro, que é um país enorme, e uma história muito rica em nível de seleção"

Viajando por inúmeras cidades, acompanhando incontáveis jogos e conhecendo a estrutura de vários clubes, o português passou pelo Atlético Paranaense, onde recebeu um convite um ano depois e passou a trabalhar no clube de Curitiba.

"Passado alguns meses, eu iniciei o meu trajeto pelo Atlético Paranaense, com o projeto que eles tinham que era o projeto do Coaching Techinical Tactic, para formar todos os jogadores da base e do profissional, com conceitos modernos do futebol atual, da Europa e daquilo de melhor que se pratica em termos táticos, e eu vim nesse projeto"
O Atlético Paranaense foi a porta de entrada para o treinador.

Depois de um período desempenhando esta função, surgiu a oportunidade de comandar o sub-23 do clube. O cargo, no entanto, foi logo deixado para trás quando, num projeto de parceria, ele foi "realocado" para comandar o Guaratinguetá, na série C do brasileirão.

"A gente conseguiu evitar o rebaixamento do time em 2015, depois de estar em último lugar, com apenas 3 pontos. Entramos no meio da série C, com jogadores todos das categorias de base do Atlético Paranaense e conseguimos realmente ter várias vitórias, inclusive contra Brasil de Pelotas e Londrina, líderes no momento que os enfrentamos"

Em seguida, mais um projeto atribuído ao português: a Ferroviária, no Paulistão de 2016. Por lá, grandes partidas chamaram a atenção do Brasil. Porém, os maus resultados começaram a chegar e Sérgio não resistiu.

"Tudo foi correndo naturalmente, não conseguimos manter o equilíbrio no rendimento que a gente desejava no Paulista do ano passado, acabei por sair também do Atlético Paranaense. Tive uma curta experiência depois no América na série A, uma experiência difícil. Mas foi esse o meu trajeto, a minha entrada aqui, ainda considero que estou no período de entrada no futebol brasileiro, de conquistar meu espaço"
Na Ferroviária, Sérgio teve seu principal trabalho até aqui: time encantou o Brasil no começo de 2016.

Depois de tanto tempo por aqui, Sérgio já está bastante adaptado a nossa realidade, sabendo analisar as qualidades e, principalmente, os defeitos do futebol no Brasil. Agora no São Bernardo, o português tem mais um desafio para se provar no mercado nacional. Confira  mais perguntas da entrevista que fizemos com ele:

Aqui no Brasil você trabalhou no Atlético Paranaense, Guaratinguetá, Ferroviária, América Mineiro e atualmente está iniciando o trabalho no São Bernardo. Depois de vivenciar experiências nesses clubes, quais são as principais diferenças de trabalho nos clubes aqui no Brasil em relação a Portugal?

Existem muitas diferenças, mas as principais têm a ver com a organização do campeonato, do calendário, a forma como os clubes, técnicos e todas as pessoas que participam no dia-a-dia dos clubes são sujeitos a muita instabilidade para trabalhar, devido a vários fatores: por exemplo, o mercado está sempre aberto, permitindo a entrada e saída de jogadores a todo o momento, isso é algo muito complexo, que não permite em nenhum espaço de tempo durante a temporada, que o diretor de futebol, clube e os seus serviços se foquem em dar estabilidade para a comissão e os jogadores, que permitem que eles desenvolvam outras áreas dentro do clube, em nível de condições de trabalho e outros projetos estruturais. E isso é difícil, por que muitas vezes os clubes e os diretores de futebol passam as temporadas a contratar e a despedir jogadores, por isso é que muitos jogadores passam por em dois ou três times por temporada, e os treinadores também, não existe uma estabilidade para trabalhar, para desenvolver um trabalho, essa é uma grande diferença, mas isso tem a ver com a as janelas de transferências estarem sempre abertas, existem realmente uma janela internacional, mas internamente está praticamente sempre aberta, só fecha nos últimos meses da temporada.

A outra diferença tem a ver com o tempo que se realizam as partidas aqui, a FIFA tem estudos que comprovam que menos de 72 horas de repouso é muito difícil um atleta estar recuperado, em média o esforço típico do futebol para um ser humano, só de 72 em 72 horas é que o atleta consegue recuperar, em média, por que existem jogadores que precisam de mais, outro de menos, mas em média será isso. E tem muitos jogos de campeonato brasileiro, de serie A e B, tem os campeonatos estaduais que se realizam de 65 em 65 horas, nós vamos ter 62 horas, com pausa de 112 horas apenas neste ano, e isso não é correto, por que não permite ao jogador estar em condições de render em termos técnicos, táticos e de motivação, a todos os níveis não consegue render. Depois os jogos não tem qualidade, não são competitivos e a culpa cai em cima do treinador, e não deveria ser dessa forma, por que os treinadores são competentes, só que as regras permitem que os jogos sejam realizados com curto espaço de tempo, essa também é uma grande diferença. Na organização dos clubes também existem algumas diferenças internamente, mas eu penso que a maior parte está relacionada com as regras, com as leis que vem de cima, das instituições mais fortes, como é o caso da CBF, das federações locais, regras de funcionamento do calendário e do campeonato, muito difícil ter estabilidade e qualidade no trabalho quando a CBF e as federações não tem como principal foco esse fator, que é o fator estabilidade e qualidade nos processos.
No América, mais uma curta passagem: treinador sentiu na pele as diferenças estruturais do Brasil.

Qual é o motivo do sucesso dos técnicos portugueses em grandes clubes europeus?

O sucesso dos treinadores em grandes clubes europeus, e até pelo mundo também, está fundamentalmente ligado a aquilo que foi o estudo especifico, desenvolvimento do conhecimento do futebol em Portugal, já desde a década de 70 e 80, que foi sendo implementado o conhecimento, o estudo mais aprofundado daquilo que eram as metodologias de trabalho, aquilo que eram os modelos de treino, de jogo. E naturalmente quando foi estimulada essa forma de pensar em relação a uma área, que as vezes parece tão simples, mas sabemos que é muito complexa para se ganhar, existe muita complexidade em vários aspectos que é preciso ter atenção e trabalhar muito forte sobre eles. E então, quando se dá essa importância a um processo dentro do futebol ao longo das décadas, vai se desenvolvendo profissionais bastante capacitados e competentes, e neste momento realmente Portugal com a dimensão que tem como país, é realmente uma referência por que tem muitos treinadores espalhados por diferentes países da Europa, e do mundo mesmo, em diferentes continentes, então tem diferentes treinadores portugueses.

No ano passado, após um grande inicio de trabalho na Ferroviária, com resultados expressivos como a vitória em cima do Palmeiras fora de casa e o empate contra o Corinthians, que na época era o atual campeão Brasileiro, mas veio uma sequencia de maus resultados que culminou na sua demissão. Poucos meses depois, assumiu o comando do América Mineiro, que estava na zona de rebaixamento. Em um pouco mais de um mês no comando, veio outra demissão.  Como você lidou com esses acontecimentos? Mesmo com as duas demissões em sequencia aqui no Brasil, o que fez você continuar trabalhando por aqui e aceitar esse desafio no São Bernardo?

Em relação as demissões, eu lidei de uma forma muito tranquila e natural, por que como eu lhe referi anteriormente, para se ganhar existe uma complexidade muito grande, muitos processos que acontecem dentro do futebol, o processo de treino, primeiramente o processo de montagem de elenco, processo de liderança, metodologia de funcionamento de um clube, as comissões que o clube tem de trabalho. Existem muitos e muitos fatores e eu sei perfeitamente identificar dentro de cada projeto que eu estou envolvido, os motivos para as coisas poderem ter corrido menos bem, não tenham dado certo, e tentar sempre evoluir, tentar sempre evitar que no futuro passe por isso.

O projeto do São Bernardo, neste momento eu decidir voltar realmente, por que o convite foi muito bem estruturado, a gente conversou durante alguns meses com a diretoria, com o diretor de futebol Edgard e com o presidente do clube, para eu conhecer bem o funcionamento do clube, qual era o tipo de gestão do clube, e também para eles me conhecerem bem, qual eram os meus pensamentos em relação aos diversos processos que acontecem dentro de uma equipe de futebol. Nesse sentido, cheguei a conclusão que seria um passo importante e muito interessante voltar a competir no campeonato paulista, sendo que agora de uma forma mais estruturada, com possibilidade de fazer coisas que em outros projetos não consegui fazer, como por exemplo a montagem do elenco em sua totalidade, e apesar das limitações financeiras do clube, apesar de algumas limitações da própria grandeza do clube, da dimensão, a gente tentou montar um elenco competitivo, um elenco com qualidade para que a gente seja capaz de implementar o modelo de jogo que a gente deseja. Mas foi isso, e acima de tudo foi tentar controlar fatores, aspectos que em outros projetos não tive a possibilidade de controlar de forma muito abrangente.
Mesmo com as demissões, o técnico aceitou mais um desafio no país: o São Bernardo.

Ainda sobre a passagem pela Ferroviária. Naqueles dois ótimos jogos contra Corinthians e Palmeiras, foi o momento que a equipe mostrou um futebol excelente, impressionando os torcedores e a imprensa, e gerou elogios do Tite, que na época era técnico do Corinthians. Qual foi o segredo em conseguir enfrentar essas equipes de igual para igual?

Em relação a esses dois jogos, com o Palmeiras e com o Corinthians, não foram só esses dois jogos, a gente teve outros jogos, por exemplo, com o Red Bull, que foi uma equipe que foi as quartas de final do campeonato estadual do ano passado, a gente fez um excelente jogo, a gente marcou um dos gols mais rápidos do campeonato, com 19 segundos, em uma jogada estratégica que tínhamos trabalhado durante a semana, e realmente acabou por dar certo, ganhamos de 3-0 do Red Bull, na casa deles. Tivemos outros jogos que não só o Palmeiras e o Corinthians, nesses jogos coisas importantes foram aquilo que a gente construiu até aquele momento, foi a organização do time em todos os momentos, os jogadores viam realmente as funções que tinham que exercer em cada momento do jogo, e naqueles jogos ainda estávamos em condições de conseguir colocar de forma natural todas as nossas capacidades, nos jogos seguintes por diferentes motivos a gente não conseguiu manter essa estabilidade, mas foi realmente isso, estávamos em condições perfeitas de colocar tudo aquilo que a gente tinha construído, e foi positivo por que realmente o resultado foi muito bom contra o Palmeiras, uma vitória, e com o Corinthians realmente a gente naquele jogo merecia mais, mas foi um excelente resultado mesmo assim.

Você chegou ao Brasil em meados de 2015, em um pouco mais de um ano vivendo aqui, já está completamente adaptado ao país? Sente falta de algo de seu país natal?

Eu já estou perfeitamente adaptado, aliás, foi muito fácil, principalmente no Atlético Paranaense quando eu cheguei, por que o clube tem ótimas condições de trabalho, a cidade de Curitiba é uma ótima cidade para se viver, e a adaptação foi muito fácil. Naturalmente a gente sente sempre saudades de tudo aquilo que já viveu durante muitos e muitos anos, e principalmente da família, que é o fator numero 1 e realmente é duro estar muito distante, mas este esforço, esta dor em termos pessoais, em termos familiares, espero que valha pela parte profissional, que realmente consiga progredir e ter um bom desempenho e tentar suprir essa necessidade, por que família é algo fundamental para todos nós, e infelizmente está muito distante. Hoje em dia tem tecnologia que nos ajuda, mas mesmo assim é muito duro.

Em outubro você foi anunciado como técnico do São Bernardo, clube que fez a melhor participação de sua história no campeonato paulista, chegando as quartas de final e consequentemente garantindo uma vaga na série D de 2017. Como está a preparação para essas competições? Quais são os objetivos do clube para a temporada 2017?

Realmente, nós começamos muito cedo, de agosto a outubro a conversar, a planejar e estruturar muito bem aquilo que seriam as formas de trabalhar, a metodologia e os objetivos para esta temporada. E nesta fase, nós sentimos que tudo está a correr dentro do planejado, apesar das dificuldades de trabalhar pequeno, mas é um time pequeno organizado, com o projeto bem definido, sabe o que quer, o clube sabe da sua curta história, sabe aquilo que conquistou, o que tem no presente e o que deseja para o futuro, é um clube com uma gestão desportiva muito rigorosa, muito detalhada e que ano após ano, vai conseguindo se estruturar melhor, e realmente conquistando coisas novas, como foi no ano passado que conseguiu chegar nas quartas de final do campeonato paulista e também o acesso para disputar a série D.

O nosso grande foco este ano será esse, será disputar a série D e conseguir o acesso a serie C, para que o clube continue evoluindo a nível nacional, nas divisões a nível nacional. Mas primeiramente no campeonato paulista a gente tem que tentar no mínimo igualar aquilo que foi conseguido no ano passado, o clube tem um pensamento ambicioso, eu também sempre demonstrei que a minha forma de estar no futebol e na vida é dessa forma, sempre conquistando coisas novas, então eu e o clube pensamos da mesma forma, acho que no mínimo a gente vai lutar para que isso seja possível, repetir no mínimo aquilo que foi alcançado no paulista do ano passado, e conseguir o objetivo máximo da temporada 2017, que é o acesso à série C.
São Bernardo vem trabalhando desde cedo. Além dos reforços, Sérgio promoveu quatro garotos da Copa São Paulo.

Como você já percebeu, o calendário do futebol brasileiro é bem diferente se comparar com as principais ligas europeias, e sempre há a discussão se devemos nos adequar ou não ao calendário europeu. Após esse período trabalhando no Brasil, qual a sua opinião referente ao nosso calendário?

Como comentei em outra pergunta, penso que o grande problema do calendário do futebol brasileiro é a quantidade de jogos que os times, jogadores e estruturas de trabalho e comissões técnicas, são expostos durante uma temporada, é muito complicado realizar-se jogos num curto espaço de tempo, com grandes distâncias a serem percorridas por todo o país, e manter a qualidade no nível de trabalho, evitar lesões, manter jogos competitivos com qualidade, é muito difícil que isso aconteça. Então penso que o calendário é algo que tem que ser muito analisado ao detalhe, se realmente as pessoas valorizarem outros aspectos, como é a qualidade do jogo, estabilidade dos jogadores dentro do time e não terem que sair constantemente por que se lesionam, por que não estão em condições para jogar. Eu penso que isso tem que ser refletido e revisto, por que senão vai continuar sempre da mesma forma. Em relação as questões do calendário a nível de competições, eu penso que realmente é um país diferente, devido aos campeonatos estaduais e depois campeonatos nacionais, tem uma dimensão muito maior do que qualquer outro país no mundo, e tem essa necessidade também de organizar um campeonato estadual, por que os estados são grandes e populosos, tem grandes times em cada estado, eu acho interessante os campeonatos estaduais, mas eu penso que teria que ser ponderado alguma forma para evitar que os clubes disputassem tantos jogos ao longo de uma temporada, entre campeonatos estaduais, série A, copa do Brasil e as competições internacionais, como a sul-americana ou libertadores, eu  acho que a CBF deveria refletir sobre isso, poderiam diminuir o numero de equipes nas divisões nacionais, não consigo ter conhecimento profundo do país para encontrar uma solução, eu sei que o grande problema está no numero de jogos e na frequência com que se joga aqui, agora qual é grande solução pra isso, terá que ser refletido de forma muito profunda.

Em 2015, por conta da parceria do Atlético Paranaense com o Guaratinguetá, você assumiu o comando do Guaratinguetá durante a série C, com a missão de livrar o time do rebaixamento. Em pouco tempo de trabalho conseguiu bons resultados, com destaque para as vitorias contra Brasil de Pelotas e Londrina, dois times que conseguiram o acesso a série B. Como foi essa experiência de trabalhar no terceiro escalão do futebol brasileiro?

A experiência de trabalhar no terceiro escalão do futebol brasileiro foi muito interessante, principalmente por que foi com o conjunto de jogadores jovens, tínhamos a média de idade mais baixa de todos os campeonatos, tínhamos jogadores de 19 e 20 anos, a média era nessa faixa. Foi muito interessante por que eu já tinha alguns meses de trabalho com esses jogadores, e quando a gente entrou no meio da série C, apesar das dificuldades de entrar no meio da competição, a gente conseguiu encontrar realmente uma estabilidade, conseguimos ter vitórias interessantes e conseguimos evitar o rebaixamento. Mas acima de tudo foi importante para amadurecer o conjunto de jogadores que estiveram naquela experiência, e que possibilitaram realmente o objetivo do clube, que seria evitar a queda para a série D. Pra mim pessoalmente foi muito satisfatório, teve muito valor, por que tivemos jogos interessantes, contra Brasil de Pelotas, Londrina, Juventude e Caxias, clubes com tradição no futebol brasileiro e que é sempre importante para sentir o ambiente e criar cada vez mais adaptação a aquilo que é os campeonatos e a cultura local daqui.

Para encerrar, foi um prazer realizar essa entrevista, use esse espaço pra deixar algum recado para os leitores. Desejamos tudo de melhor e boa sorte neste novo desafio de sua carreira! Um grande abraço!

A mensagem que eu quero deixar para os leitores, é que usem o Blog 4-3-3 para realmente se capacitarem mais, para compreenderem de forma muito mais especifica e detalhada aquilo que é o meio que muitos amam que muitos têm paixão, muitas vezes desmedida pelo futebol, que às vezes não temos por outra área qualquer da nossa vida. P futebol desperta e move paixões, é algo muito interessante e que usem o Blog 4-3-3 para entenderem de forma mais especifica, para se capacitarem de forma mais detalhada, para que cada vez entendam do meio que realmente que gostam muito, que é o futebol.

Colaboração: Andrew Sousa
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