Velhos fantasmas

















O Liverpool iniciou sua caminhada na atual edição da Premier League enfrentando alguns dos principais concorrentes às primeiras posições. Jogando longe de Anfield, que ainda estava em reforma, Klopp e seus comandados jogaram contra times como Arsenal, Chelsea e Tottenham e saíram invictos (vencendo os dois primeiros). Esse começo fez a hipótese dos Reds brigarem pelo topo da tabela ganhar força.

Mas, passado esse complicado inicio, ainda havia uma sequência que seria determinante para apontar quais as pretensões do Liverpool nesse campeonato inglês. Jogos contra equipes que, por seus estilos e características ou por deficiências apresentadas pelo Liverpool, poderiam atrapalhar os planos do time de Klopp. Jogar fechado explorando o contra ataque e força na bola aérea (que era algo com que os Reds sofriam, levando muitos gols nesses lances) eram fatores que poderiam causar preocupação ao time da cidade dos Beatles quando chegasse à hora de enfrentar equipes como West Brom, Watford, Sunderland e Crystal Palace. Entretanto, o time reagiu bem às situações impostas por esses adversários e conseguiu sair vitorioso de todos os confrontos.
Os times treinados por Tony Pulis costumam dar trabalho para o Liverpool, mas dessa vez Klopp conseguiu vencer o West Brom e sua forte defesa.













Após essa sequência, parecia que o Liverpool que tropeçava contra times mais fracos tecnicamente tinha ficado para trás. Mais precisamente, tinha ficado na segunda rodada da liga, onde os Reds foram derrotados pelo Burnley. Dessa rodada em diante, o time de Klopp alcançou 15 jogos de invencibilidade.

Mas na 14ª rodada veio a derrota para o Bournemouth por 4-3 e ela as lembranças de um passado não tão distante, onde o Liverpool cometia esses tropeços. Pela forma como aconteceu o revés, sofrendo a virada após abrir 3-1 e com alguns jogadores falhando, parecia a equipe da temporada passada. Derrotas assim não podem acontecer com um time que quer brigar pelo título e que estava apresentando grande evolução.

Outro fantasma que reapareceu nessa temporada foi o das lesões. Na temporada passada, as ausências prejudicaram bastante o time que chegou a ponto de não ter nenhum zagueiro no banco. Jogadores importantes como Coutinho, Lallana e Matip (esse teve sua falta muito sentida no jogo contra o Bournemouth) já desfalcaram a equipe nessa temporada, dificultando a manutenção do estilo de jogo do time. Outros jogadores importantes, como Ings e Sturridge, também estão lesionados, fazendo com que Klopp tenha problemas inclusive na busca por um substituto dos titulares que se machucaram.
Coutinho foi um dos jogadores que já sofreram lesão nessa temporada. Sem ele, que está vivendo um grande momento, o time perde muita força ofensiva.











Num campeonato tão forte e equilibrado como a Premier League, para se manter nas primeiras colocações os times não podem tropeçar contra os times da parte de baixo. Se o Liverpool quiser se manter na briga pelo título, derrotas como a que aconteceu contra o Bournemouth, na qual o time mostrou descontrole emocional, não podem se repetir, com falhas e dificuldade em segurar e administrar o placar.

Isso passa também pelo outro problema do clube, que são as lesões. No meio da temporada o clube precisa ir às compra, visando a trazer pelo menos mais um atacante e um zagueiro, para que, caso ocorra o desfalque de algum titular (como é o caso de Mané, que desfalcará os Reds por algumas semanas para disputar a Copa Africana de Nações) existam peças de reposição, possibilitando que a equipe mantenha o o mesmo ritmo. Se quiser sonhar, é preciso mais. Pois, quanto menos erros, menos tropeços e mais regularidade, maior a chance de continuar na disputa pelo topo da tabela, mantendo, assim, os velhos fantasmas longe de Anfield.
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