Se vermos um time "azarão" beliscar uma competição mata-mata é corriqueiro, 2015-2016 vem nos brindando com algo muito maior. O Leicester City chega nas últimas rodadas com enorme possibilidade de título, mesmo com investimento menor e elenco muito menos estrelado. O seu concorrente também está longe de ser óbvio, trata-se do Tottenham de Mauricio Pochettino, Kane, Alli e Eriksen. Ou seja, a Premier League já parece decidida: vai nos deixar sonhar. Nos fazer acreditar ainda mais na magia e nas inúmeras possibilidades do mundo da bola.
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| É possível sonhar. |
Longe dessa realidade de surpresas está a Champions League, maior competição do continente. As semi finais parecem sempre as mesmas, com exceção de um ou dois clubes que ficam se alternando, por enfrentar um dos semi finalistas "padrão" em fases anteriores.
O tal trio de ferro, com Bayern, Barcelona e Real Madrid, tenta monopolizar a orelhuda, investindo mais e mais, e desde o início já sabendo que chegarão as finais. Isso faz com que a competição perca um pouco da magia para alguns, daquele mundo "fora da realidade" que o futebol as vezes nos proporciona.
Nessa temporada, já nos encontramos nas quartas de final, os três gigantes óbvios seguem vivos, mas, longe de ter vida fácil. O gostinho até aqui é de que sim, podemos sonhar com algo diferente. Zebras históricas, semi finais inéditas, por que não?
O Wolfsburg conseguiu o improvável: vencer o Real Madrid por um bom placar. O 2-0 foi até pouco para as oportunidades desperdiçadas pelo time alemão, que mesmo tendo bem menos bons valores, apostou no comportamento tático e na entrega para sair de campo vencedor.
Outro que não tem vida fácil é o Bayern, de Pep Guardiola, que assim como na temporada passada, contra o Porto, teve dificuldades para enfrentar uma equipe portuguesa. O Benfica, muito bem postado, deu trabalho na Alemanha e vai para Portugal muito vivo. Por que não sonhar?
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| O Atletico segue muito vivo diante do Barcelona. Bom para o futebol. |
Por último, o mágico Barcelona do trio MSN também não encontra-se em situação confortável. Enfrentando um dos mais fortes times do mundo, venceu "só" de 2-1, e pode com certeza dar adeus prematuramente a competição.
Longe de querermos torcer pela queda dos gigantes, ou pelo fracasso de quem de fato merece chegar mais longe, mas, é mágico ver que ainda podemos acreditar em surpresas e em novas histórias. A repetição cansa, queremos aquela imprevisibilidade que só o futebol tem. Que venham as partidas de volta e a reta final das grandes ligas. Por mais que muitos insistam que não, o futebol segue respirando.