O futuro existe para a Itália, mas é preciso trabalho


Quem vê a Itália jogar e seus últimos desempenhos em Copas do Mundo certamente não projeta um grande futuro para a Azurra. Entretanto há nomes de qualidade e vários jogadores promissores para colocá-los de volta na briga por grandes conquistas.
Verratti deve comandar o meio de campo italiano

Quando se trata de sistema defensivo poucas seleções no mundo contam com um leque de opções de tamanha qualidade. O forte miolo de zaga com Chiellini e Bonucci é um dos melhores do mundo. Mas se a idade pode vir a ser problema, a Itália conta com nomes bastante promissores: Rugani que foi um dos melhores zagueiros do último campeonato italiano, jogou todos os minutos possíveis sem levar um cartão e de frieza impressionante para a idade. Outro nome destacável é Alessio Romagnoli, principal destaque da forte defesa da Sampdoria na última temporada e recém-contratado por um alto valor pelo Milan.
Rugani é apontado como o futuro da defesa Italiana

O gol ainda parece bem servido com Gianluigi Buffon que após a última temporada onde foi certamente um dos 3 melhores goleiros do mundo, dá mostras de que ainda poderá jogar a copa de 2018 em bom nível. Caso o declínio do arqueiro da Juventus ocorra a Itália ainda conta com o bom Salvatore Sirigu (chegará a copa com 31 anos) e vários goleiros promissores como Perin e em menor escala de expectativa, Leali, Sportiello e Scuffet. As laterais contam com Darmian, Florenzi (meia de origem), De Sciglio e Santon. Bons jogadores que apesar de não serem unanimidade, não deixam a desejar comparado às principais seleções do mundo (Argentina e Alemanha jogaram a copa de 2014 com laterais improvisados por exemplo).
Buffon, Perin e Sirigu: o gol italiano está bem servido
O meio campo é outro setor com grande leque de opções. Verratti e Marchisio por exemplo, dois dos melhores volantes do mundo na atualidade, e podem ser a mescla entre juventude e experiência no setor (Verratti jogou uma copa, Marchisio duas). Assim como na defesa, há outros nomes de qualidade e pouca idade que podem complementar o setor. Alguns mais prontos como Gabbiadini, Vázquez ou Soriano, outros mais jovens e com grande margem de progressão como Sturaro, Cataldi, Mauri, Saponara, Cristante...
Marchisio deverá ser pilar da Azurra em competições futuras

O ataque é talvez o setor mais duvidoso da equipe. Candreva é sem dúvidas o mais regular e pode estar presente em 2018. Balotelli é o centroavante mais talentoso mas há bom tempo não rende como se espera por ser descompromissado. Rossi é outro talento de alto nível porém praticamente não pode ser levado em conta pelas lesões. Sem eles, a Itália aposta em nomes de qualidade inferior como Immobile, Pellé ou Zaza (esse talvez com alguma margem para evolução). Entretanto para o setor ofensivo novamente não faltam jovens promissores (alguns inclusive já estão praticamente consolidados): Insigne, Sansone, El Shaarawy e Berardi são bastante promissores e podem suprir as carências da Itália no futuro, até mesmo para a possibilidade de se utilizar um falso nove.
Carrasco do Milan, Domenico Berardi é um dos nomes mais
promissores da nova geração do futebol italiano

Para a Azurra voltar a brigar por títulos é preciso que Antonio Conte saiba aproveitar bem os jovens jogadores que estão em ascensão, mesclando com alguns pilares de mais experiência para que a transição seja feita da maneira mais correta (talvez o motivo da permanência de nomes como Andrea Pirlo). Além disso o treinador precisa utilizar de organização tática (o que por vezes faltou no início de seu trabalho) mais eficaz para garantir bons resultados e uma transição de gerações mais bem feita.
Trabalho não deverá faltar para Antonio Conte
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