Não é assim, Dunga

Ontem ocorreu o jogo entre Chile (2) contra Brasil (0), com gols de Vargas ao minuto 71 (!!) e de Sanchez já no finzinho do jogo. Analisando friamente a partida, vimos um jogo até equilibrado, porém os chilenos com sua superioridade tática acabaram levando mais perigo em seu ataques e anulavam o time brasileiro. O jogo tinha muita cara de 0-0, mas também era muito provável que o Chile ia acabar conseguindo seu golzinho. Dito e feito. Vamos aí, enumerar algumas decisões simplesmente estranhas de nosso treinador para esse jogo.

1 - Preferiu Oscar batendo as faltas, mesmo com Willian disponível


Willian e gol de falta é uma cena que vem se repetindo no futebol, principalmente nos seus últimos jogos pelo Chelsea (nos últimos quatro jogo, quatro gols de falta). Logo, o mais lógico era atribuir ao jogador a responsabilidade da cobrança da falta, porém quem teve esse ofício foi Oscar. Alguém se lembra do último gol do Oscar de falta? Pois bem, tivemos algumas faltas interessantes no jogo, talvez o Willian conseguisse um gol mas nunca saberemos afinal Dunga preferiu o companheiro dele de Chelsea como cobrador.

2 - Escalação do Elias sem utilizar de sua principal qualidade


Elias foi utilizado como um volante mais de proteção, sendo que voltou aos bons tempos no Corinthians justamente como elemento surpresa. Ele tinha passado até por uma má fase com Mano Menezes (Corinthians) justamente por que ele tinha menos liberdade para avançar. Claramente não ia dar certo Elias preso no meio de campo e se fosse pra escalar um jogador que desse conta do tal recado, era melhor escalar Fernandinho. E digo mais, como volante ofensivo ainda era preferível escalar Renato Augusto que vive fase esplendorosa no Corinthians, um jogador que organiza o meio campo corintiano.

3 - Hulk de centro-avante, tendo Ricardo Oliveira no banco

Hulk é um jogador com um chute potente que fez fama na Europa jogando mais como um ponta, mas assim como Firmino, é escalado como centro-avante na Seleção. Resultado é que não conseguimos aproveitar de sua qualidade pois ele fica preso no ataque. Não tem o costume de fazer o trabalho de pivô, e acabamos perdendo uma "alternativa" de jogada no ataque. Ricardo Oliveira no seu primeiro toque na bola, quase marcou gol.

4 - Demora na hora de substituir 


Na nossa cultura mesmo temos o hábito de achar que a substituição só é aceita quando passa dos 30 minutos do segundo tempo ou quando ocorre uma lesão. Bom, posso ter exagerado, mas pelo menos na visão de Dunga foi assim. O time atacava apenas com 4 jogadores, não aproveitava os contra-ataques, porém o homem que comandava a equipe não via necessidade em substituição. Se o Oscar não estava produzindo nada, por qual motivo manter ele em campo? Se Hulk não recebia a bola, por qual motivo não colocar o Ricardo que é do ofício? Além de ter mexido tarde na substituição entre o Hulk e Oliveira, ainda mexeu mal. Lucas Lima no lugar de Luiz Gustavo e assim deixando Elias como único volante. No mínimo ilógico.
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Talvez se o Brasil iniciasse o jogo com um 9 de verdade, um bom volante fazendo sua função de costume e a possibilidade de fazermos um gol de bola parada, poderíamos trazer pelo menos um ponto para cá.
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