À espera de um milagre. Estrelando “Vasco da Gama”



Se alguém lhe perguntasse qual foi a frase mais marcante do ano no meio futebolístico, com certeza “O respeito voltou. PONTO!”  estaria entre as alternativas. Ironia do destino ou não, “ponto” é o que mais tem faltado no fatídico ano de 2015 em um dos clubes mais tradicionais do Brasil.

Com uma vergonhosa campanha no campeonato Brasileiro, o Clube de Regatas Vasco da Gama caminha a passos largos para o terceiro descenso em sete anos. Se para um clube de médio porte a queda para a segunda divisão é motivo de tristeza, em um gigante o cenário é desesperador.
        
De fato, dia 12 de novembro de 2014 foi o ponto inicial da crise que hoje assola o cruz-maltino. O folclórico ex-presidente Eurico Miranda foi reeleito em uma votação tumultuada, e ali seria apenas do começo do filme de terror que estaria por vir. Como em uma religião, Eurico arrastou devotos, torcedores que viam no dirigente a oportunidade do renascimento do time que subiu para a elite aos trancos e barrancos depois de garantir classificação apenas na última rodada da série B. Na divisão de baixo, a equipe colecionou vexames, como o amargo 5 a 0 no jogo contra o Avaí, em pleno São Januário.
Eurico ainda garante que o Vasco não vai cair
Mesmo não sendo como o torcedor esperava, o acesso à serie A veio, e o ano do time da Colina começou relativamente bem, considerando que o clube não ganhava um campeonato estadual havia 11 anos, e  desclassificar o maior rival na semifinal do torneio regional fez com que até o mais apreensivo torcedor vascaíno se animasse. Na verdade, o baixo nível do campeonato carioca apenas maquiou um dos piores times montados pelo Vasco nos últimos tempos, quiçá o pior.
           
O amadorismo da direção vascaína  beirou o ridículo, com contratações  pífias para a disputa de um campeonato que, como se sabe,  necessita de um elenco no mínimo razoável para começar a sonhar. Para exemplificar o caos vivido na Colina, basta citar os atacantes disponíveis no plantel, que traduzem fielmente a vergonhosa marca de 8 (!!!) gols em 22 jogos: Herrera, Thales, Jorge Henrique, Dagoberto, Rafael Silva, Romarinho  e Riascos.
         
Não bastasse o vexame do ataque, a pior defesa do certame nacional também pertence ao clube de Romarinho e cia. São incríveis 41 gols sofridos até agora, uma média de, pasmem, quase 2 gols sofridos por jogo, se consolidando com o pior saldo de gols entre todas as divisões. Marcas negativas não faltaram. A desorganização tática e falta de confiança são notórios no time que está seguindo à risca a cartilha da série B.
O desespero toma conta dos torcedores

Com 99% de chance de rebaixamento, o clube vive à espera de um verdadeiro milagre, que ainda é visto por poucos como possível. Resta aos jogadores a difícil missão de tentar dar a volta por cima e reerguer a moral que um clube como o Vasco tem por direito, mesmo que tudo conspire contra. A instituição Clube de Regatas Vasco da Gama merece o respeito que outrora um dirigente propagou a todos. PONTO.
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