Em mais um episódio da série ‘O futebol bonito não se restringe aos grandes’, chegamos ao curioso Stoke City. Por muitos anos o clube navegou entre as divisões inferiores da pirâmide futebolística inglesa, até ter subido em 2007/08. Chefiado pelo folclórico Tony Pulis, o Stoke fazia todo e qualquer tipo de esforço pra ser a antítese do futebol bem jogado. Chutão, lateral dentro da área, bola parada, retranca, jogadores de destaque físico. Para os opositores ao tiki-taka amado, para a maioria odiado.
E
rendeu resultados. Conseguiu campanhas no meio da tabela mesmo tendo uma
fraqueza financeira que numa liga como a inglesa pune e pune rigorosamente.
Chegou à uma final de Copa da Inglaterra, e graças à isso disputou uma
competição européia. Isso mesmo, o Stoke já desafiou a Europa. Chegou às
oitavas, uma campanha digna. Mas após esse momento a equipe decaiu, e era hora
de uma mudança. Era hora de uma reformulação completa.
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| O Stoke terá motivos para sorrir ao fim da temporada? |
A
diretoria acabou apostando no até então decadente Mark Hughes, um dos
principais senão o principal responsável pela temporada do QPR no rebaixamento
em 12/13, para buscar uma nova faceta e um novo perfil. E acabou surpreendendo.
Praticando um futebol oposto ao anterior, jogando com a bola no chão e trocando
passes, o Stoke terminou pela primeira vez entre os 10 primeiros da Premier
League. A rapidez da mudança assim como sua efetividade impressionaram demais e
a equipe voltava a se afirmar na elite. Em 14/15, conseguiu desenvolver ainda
mais seu futebol plástico e terminou novamente entre os 10 primeiros colocados.
Para
este ano, o Stoke mantém sua política de apostar em jogadores com passagem ou
formação no Barcelona ou no Real Madrid. El Mouriachi, Afellay, Bojan, Muniesa,
Sergio Molina. Jogadores que em sua carreira foram acostumados a jogar bola com
técnica e habilidade. A expectativa é de mais uma temporava estável e tranqüila
para a equipe. Mas ainda estamos na espera por uma ambição de atazanar o top 6.