Ambos viveram nessa temporada situações muito semelhantes, em momentos semelhantes, mas que resultaram num presente bem contrastante. Mas vamos iniciar no começo desse ano. Ambos começaram o ano em alta, com as bombásticas contratações de Barcos e Pato, e com bons reforços como Renato Augusto e Vargas, que vieram para reforçar os já excelentes elencos gaúcho e paulista, que na época contavam com nomes como Zé Roberto, Paulinho, Ralf, Fernando, Kleber, Guerrero etc. Com tantos nomes de peso, e com uma folha salarial tão 'gorda' quanto, era natural que os objetivos também fossem exigentes, em especial, um objetivo: a América. O Corinthians queria o bi, para contrariar de vez todos que um dia duvidaram que o time ganharia sua primeira Libertadores, e que ainda dizem que a próxima é só daqui 100 anos (e que virá em muito menos tempo). O tricolor gaúcho tinha o mesmo objetivo, mas por condições diferentes: anos sem título, e o primeiro ano do novo presidente Fabio Koff, que tem uma enorme "simpatia" com a Libertadores. Apesar de imprensa e a própria torcida esperarem belíssimas campanhas de ambos, os dois decepcionaram: Corinthians eliminado em casa, nas oitavas, para o Boca, do gênio Riquelme, e o apito do ladrão Amarilla, enquanto, na mesma fase, o Grêmio perde fora de casa para o inexpressivo e fraquíssimo, Santa Fé.
Seria o inicio de uma crise? Não, para ambos. As duas diretorias seguraram seus técnicos e mostraram confiança em seu elenco, mas ficou claro uma mudança, de objetivo: O Brasileirão era o alvo deles. Time para isso eles tinham, mas com o tempo muita coisa mudou. Luxa foi mal e caiu, Renato assumiu e deu jeito no time, enquanto o Corinthians se tornou tão irregular quanto uma montanha russa.
Aqui iniciamos a parte contrastante da nossa historia. O Grêmio cortou gastos, liberou jogadores caros,
Tite e a fiel vivem um caso de amor. Mas até quando? |
Entretanto, o mundo da voltas e a bola gira. Apesar de viveram situações tão diferentes na tabela, os dois times voltam a ter semelhanças: a chance praticamente nula de ganhar o Brasileiro. Isso mudou novamente o objetivo dos clubes, porém por motivos diferente. Ambos querem a Copa do Brasil, mas o Corinthians quer para ir novamente à Libertadores, e não ver um caro e árduo trabalho ir pelo ralo, ou melhor, ir para a sul-americana 2014. O Grêmio necessita mais do que ninguém de títulos, e viu em seu bom time e sua natural "copeirisse" um bom caminho para vencer a competição nacional. Mas os deuses do futebol são cruéis, pois colocaram Grêmio e Corinthians no mesmo caminho, e apenas um seguirá adiante, com grandes chances de salvar todo um projeto. O confronto está aberto, afinal o 0 a 0 no Pacaembu não colocou ninguém a frente de ninguém para a volta no Rio Grande do Sul. Mas além de quem irá passar, uma outra questão vem a mente: o que acontecerá com quem ficar pelo caminho? Apenas o futuro nos tratá respostas concretas, mas especular é possível.
Seria a Arena a força que faltou ao Grêmio no jogo de ida? |
O que acontecerá depende muito dos 90 minutos na noite do dia 23, mas que muita coisa irá mudar, não a duvidas. Entretanto, independente de quem continuar na disputa, muito tem que ser revisto e corrigido, afinal, pra quem queria conquistar a América, lutar por uma vaga na Libertadores é muito pouco.
Se as coisas vão bem, mérito da equipe. Se as coisas vão mal, demérito do técnico, injustamente. |