O Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2017, ou o quarto nível do futebol estadual, foi lançado oficialmente em fevereiro pela FPF. A edição deste ano do torneio contará com 30 equipes, que foram divididas em quatro grupos, e apenas duas delas conseguirão o acesso para a Série A3 de 2018. Destes 30, temos alguns muito tradicionais no cenário estadual, como o América de Rio Preto, o São José, o XV de Jaú e a Francana, além de dois estreantes, o Jaguariúna FC e o Atlético Real Cubatense, que apesar do nome, que se refere à cidade de Cubatão, está registrado em Santos e mandará seus jogos no campo do Jabaquara. Um dos times ainda está indefinido, pois o Guaratinguetá, que faria parte do Grupo 4, acabou desistindo da competição. O Fernandópolis, apesar de ser de uma cidade bem distante, pode ficar com a vaga pois seu estádio agora está regularizado.
Os grupos foram formados por um critério de regionalização,
para evitar viagens muito longas logo na primeira fase, como já vem ocorrendo
nos últimos anos. Outro fato importante é o limite de idade para os
jogadores, que podem ter no máximo 23 anos, portanto, apenas jogadores nascidos
a partir de 1994 poderão disputar a competição.
Para começar a falar das equipes participantes, iniciaremos
pelo Grupo 1, que conta com times da região Norte e Oeste do estado, sendo
algumas delas “figurinhas carimbadas” da competição nos últimos anos, e uma
extremamente tradicional, o América de São José do Rio Preto.
O VOCEM e o Assisense, ambos da cidade de Assis, vêm por
vários anos consecutivos na “Bezinha”, maneira como a competição ainda é
chamada por alguns, fazendo alusão à época em que o quarto nível estadual era
chamado de Campeonato Paulista da Série B. O VOCEM, em 2016 foi bem na
competição, chegando até as quartas de final, quando foi eliminado pelo
Desportivo Brasil. Já o Assisense fez um campeonato ruim, caindo na primeira
fase. Outra cidade com dois representantes neste grupo é Presidente Prudente,
que terá Grêmio Prudente e o Presidente Prudente FC. O primeiro vem de algumas
campanhas medianas nos últimos três anos, sempre passando da primeira fase. O
segundo, não disputou a edição de 2015, e no ano passado foi o lanterna de seu
grupo, inclusive sendo punido com a perda de pontos por escalar jogadores
irregulares.
O José Bonifácio, da cidade homônima, disputou as duas últimas edições e fez participações fracas, caindo na primeira fase em ambas. O mesmo ocorreu com o Osvaldo Cruz, que vem de três participações ruins consecutivas, sendo sempre eliminado na fase inicial, com o detalhe de ter perdido pontos por escalação irregular em dois campeonatos. E a principal atração do Grupo, sem dúvidas é o América de Rio Preto, clube que já teve muitas glórias no século passado, como já mostramos na edição 40 do Modão. O Rubro vem para sua terceira participação no quarto nível do estadual, e os apaixonados torcedores não veem a hora de poderem voltar a ter motivos para comemorar, começando pelo acesso para a Série A3.
América chegou a ser campeão da Copa SP de Futebol Jr. em 2006, e quer voltar aos melhores momentos de sua história (Foto: Relíquias do Futebol) |
O José Bonifácio, da cidade homônima, disputou as duas últimas edições e fez participações fracas, caindo na primeira fase em ambas. O mesmo ocorreu com o Osvaldo Cruz, que vem de três participações ruins consecutivas, sendo sempre eliminado na fase inicial, com o detalhe de ter perdido pontos por escalação irregular em dois campeonatos. E a principal atração do Grupo, sem dúvidas é o América de Rio Preto, clube que já teve muitas glórias no século passado, como já mostramos na edição 40 do Modão. O Rubro vem para sua terceira participação no quarto nível do estadual, e os apaixonados torcedores não veem a hora de poderem voltar a ter motivos para comemorar, começando pelo acesso para a Série A3.
O Grupo 2 é formado por sete equipes, da região central e do
nordeste do estado, com equipes bastante tradicionais como a Francana e o XV de
Jaú, além de outras bastante conhecidas no interior como o Taquaritinga e a
Inter de Bebedouro.
O Brasilis, de Águas de Lindoia, é uma equipe com estrutura
fantástica, e que se destaca na formação de jovens jogadores, com categorias de
base muito fortes. Em competições profissionais, a última aparição foi na
Segunda Divisão de 2011, quando fez uma boa campanha chegando até a segunda
fase. Depois de vários anos, a Arara quer fazer uma volta triunfal, buscando o
acesso. O Amparo Athletico Club, da cidade de Amparo, é um clube bastante
antigo, que completará seu centenário em 1919, e vem para sua terceira participação
seguida na competição, sendo que as duas últimas foram bem discretas, caindo na
primeira fase em ambas. O Taquaritinga, ou CAT, como é conhecido, volta às
atividades profissionais após dois anos licenciado por problemas financeiros e
com seu estádio. O clube, que já foi duas vezes campeão da Série A2 do
Campeonato Paulista, pretende voltar a dar alegrias aos seus torcedores, e para
isso precisará fazer campanha melhor do que em seus dois últimos anos em que
esteve ativo, quando caiu na primeira fase nas duas vezes.
O Jaguariúna FC, é um time fundado em 2005 e estreará na competição, portanto não é um dos principais favoritos a passar de fase, mas pode surpreender os times tradicionais e fazer uma boa campanha apoiado pela população da cidade, que tem apenas a Onça como clube profissional na cidade. A Inter de Bebedouro vem para o quinto ano consecutivo na Segunda Divisão. O time de 110 anos é um dos mais antigos do Brasil, e quer voltar para a A3 após fazer boas campanhas nos quatros anos anteriores, sempre passando para a segunda fase. Em 2016, chegou às quartas de final e foi eliminado pelo Taboão da Serra.
O XV de Jaú vem de novo em busca do acesso, que bateu na trave em 2016, quando foi eliminado pelo Desportivo Brasil na semifinal, ficando a um passo de conquistar a vaga na Série A3. O Galo da Comarca, que passou o ano de 2015 licenciado das competições profissionais, quer voltar a ocupar um lugar entre os principais clubes do estado, mas para isso precisa primeiro conseguir voltar para a A3, competição que não disputa desde 2012, quando foi rebaixado com uma campanha inesperadamente ruim, assim como teu adversário de grupo, Inter de Bebedouro. Outro clube que quer voltar aos seus anos de glória é a Francana. A Veterana passou o ano de 2016 longe do futebol, após fazer uma campanha muito ruim na Série A3 de 2015 e ser rebaixada com a última colocação. Portanto, no primeiro ano que disputaria a Segunda Divisão, acabou se licenciando por problemas financeiros, e volta em 2017 buscando conquistar o mais rápido possível a volta para as divisões principais do estado, contando com o apoio da população da “cidade do basquete”, mas que também abraça a Feiticeira.
O Jaguariúna FC, é um time fundado em 2005 e estreará na competição, portanto não é um dos principais favoritos a passar de fase, mas pode surpreender os times tradicionais e fazer uma boa campanha apoiado pela população da cidade, que tem apenas a Onça como clube profissional na cidade. A Inter de Bebedouro vem para o quinto ano consecutivo na Segunda Divisão. O time de 110 anos é um dos mais antigos do Brasil, e quer voltar para a A3 após fazer boas campanhas nos quatros anos anteriores, sempre passando para a segunda fase. Em 2016, chegou às quartas de final e foi eliminado pelo Taboão da Serra.
A força da torcida é uma das armas do Galo da Comarca (Foto: Thiago Pavini/Assessoria do XV de Jaú) |
O XV de Jaú vem de novo em busca do acesso, que bateu na trave em 2016, quando foi eliminado pelo Desportivo Brasil na semifinal, ficando a um passo de conquistar a vaga na Série A3. O Galo da Comarca, que passou o ano de 2015 licenciado das competições profissionais, quer voltar a ocupar um lugar entre os principais clubes do estado, mas para isso precisa primeiro conseguir voltar para a A3, competição que não disputa desde 2012, quando foi rebaixado com uma campanha inesperadamente ruim, assim como teu adversário de grupo, Inter de Bebedouro. Outro clube que quer voltar aos seus anos de glória é a Francana. A Veterana passou o ano de 2016 longe do futebol, após fazer uma campanha muito ruim na Série A3 de 2015 e ser rebaixada com a última colocação. Portanto, no primeiro ano que disputaria a Segunda Divisão, acabou se licenciando por problemas financeiros, e volta em 2017 buscando conquistar o mais rápido possível a volta para as divisões principais do estado, contando com o apoio da população da “cidade do basquete”, mas que também abraça a Feiticeira.
Já pelo Grupo 3, se encontram as equipes da capital e
cidades da Grande São Paulo, com alguns clubes que vêm participando por vários
anos consecutivos da “Bezinha”, como o Elosport de Capão Bonito, ou o Diadema.
Representando a capital está o Barcelona, que no ano passado
mandou seus jogos na tradicional Rua Javari. Desde sua fundação, em 2004, a
equipe nunca conseguiu passar da primeira fase nas competições que disputou, e
tenta quebrar esse tabu neste ano de 2017. A Associação Atlética Itararé volta
às atividades profissionais depois de mais de 10 anos licenciada das
competições profissionais realizadas pela FPF, e a “Caçula”, fundada
oficialmente na década de 50, quer surpreender seus adversários de grupo,
buscando ao menos uma vaga na segunda fase. Após uma campanha mediana em 2016, quando
chegou à segunda fase, mas acabou sendo eliminada com a pior campanha em seu
grupo nesta segunda disputa, a AD Guarulhos quer fazer uma campanha melhor em
2017, sonhando com o acesso e com um dérbi contra o Flamengo em 2018 na Série
A3. O Índio vem para sua 13ª participação consecutiva na Segunda Divisão, e
seus torcedores não veem a hora de comemorar uma promoção.
O Clube Atlético Diadema é outro que vem tendo seguidas
participações neste quarto nível do futebol estadual. Fundado em 2009,
participa da competição desde 2013, e desde então só não chegou à segunda fase
uma vez, em 2015. O clube, com a alcunha de Imperador do ABCD, busca alcançar o
mesmo sucesso que seu rival municipal obteve nos últimos anos, já que o Água
Santa chegou a disputar a Série A1 em 2016. Seguindo o “padrão” deste grupo, o
Elosport de Capão Bonito também acumula várias participações seguidas no
campeonato, disputando consecutivamente desde 2007. Porém, na maioria das vezes
o Galo está sendo um mero coadjuvante no torneio, visto que não passa da
primeira fase desde o ano de 2010. Contando com uma boa estrutura para seus
jogadores, o Elo quer voltar a brigar com força pelo acesso, como fez no final
da década passada. O Esporte Clube São Bernardo, clube de 89 anos, disputa a
Segunda Divisão ininterruptamente desde 2010, quando voltou às atividades
profissionais após ficar quase dez anos licenciado. Em alguns anos chegou a ver
o acesso muito próximo, como em 2015, quando ficou na 5ª colocação na
competição em que os quatro primeiros conseguiam o acesso. No ano passado,
acabou sendo eliminado na primeira fase, e em 2017 promete ser protagonista do
campeonato e disputar até o final uma das duas vagas para a Série A3 da próxima
temporada.
O Elosport quer conquistar pela primeira vez o acesso para a Série A3 (Foto: Facebook oficial do Elosport) |
O Osasco Futebol Clube pretende fazer campanha melhor que a
da última temporada, quando foi eliminado na segunda fase. Nos dois anos
anteriores, não havia disputado a competição, e o fato de se licenciar das
competições profissionais vem sendo algo rotineiro nos últimos anos para a
Águia, que agora quer ter uma sequência nas competições da FPF e sonha em obter
o acesso, apesar de ser algo bastante difícil de alcançar olhando para a
realidade atual do clube. O Esporte Clube Primavera, de Indaiatuba, volta para
a Segunda Divisão após passar dois anos na Série A3, sendo rebaixado em 2016 ao
ficar na 18ª posição no final da competição. Nos últimos anos em que disputou a
quarta divisão estadual, o Fantasma vinha se destacando, sempre chegando às
fases finais, até que em 2014 conseguiu subir para a Série A3, ficando atrás
apenas dos finalistas, Atibaia e Nacional. A esperança dos torcedores
tricolores é de voltar a comemorar um acesso, logo no ano seguinte ao triste
rebaixamento, e o planejamento da equipe mostra que realmente entrará muito
forte no torneio, sendo um dos favoritos da competição.
No Grupo 4, estão os representantes do litoral, além de
equipes da região metropolitana e do Vale do Paraíba. Neste grupo está o estreante
da competição, o Real Cubatense, que apesar do nome, está inscrito com sede em
Santos, e utilizará o estádio do Jabaquara, outro integrante do grupo. Além dos
dois litorâneos, a participação do tradicional São José também é uma atração do grupo, que ainda conta com um participante indefinido por conta da desistência do Guaratinguetá.
Começaremos pela indefinição. O Guaratinguetá, cujo mascote é a Garça, voltaria a disputar o último patamar do estadual depois de 15 anos. Nesse meio tempo, conseguiu resultados extremamente expressivos, tanto a nível estadual, como em 2008 quando alcançou as semifinais da Série A1, após ter conseguido a melhor campanha da primeira fase, como a nível nacional, chegando a ficar na 8ª colocação na Série B de 2011, mas nos últimos anos vem acumulando rebaixamentos consecutivos, sendo os dois últimos no ano passado, na Série A3 do Paulista e na Série C do Brasileiro. Porém, nesta semana, o time anunciou sua desistência da competição, alegando principalmente problemas financeiros e de planejamento, já que teria de dividir atenções entre a Segunda Divisão e a Série D do Brasileiro, além de uma indefinição quanto ao uso do estádio Dario Rodrigues Leite, o municipal de Guaratinguetá, já que o time tem dívidas com a prefeitura. O Fernandópolis, que ficou impossibilitado de disputar a competição pois não cumpriu os prazos de regularização de seu estádio, acabou realizando os procedimentos necessários depois, hoje tem seu estádio apto a receber jogos, e pode acabar ficando com a vaga deixando pelo Guará. Já o Manthiqueira, rival municipal do Guaratinguetá, está garantido na competição. O Carrossel do Vale foi fundado em 2005, profissionalizado em 2010, e desde então disputa a Segunda Divisão, tendo feito a melhor participação no ano de 2014, quando chegou até a terceira fase.
A cidade de Mauá, situada na região metropolitana da capital, terá como representante o Grêmio Mauaense. A Locomotiva, fundada na década de 80, vem para sua 10ª participação seguida na Segunda Divisão, e a experiência na competição parece começar a render frutos ao time, que ano passado chegou até as quartas de final, sendo eliminado pela Portuguesa Santista, que viria a ser a campeã. Em São José dos Campos, teremos a presença do tradicionalíssimo São José, que foi rebaixado na Série A3 de 2016, ficando na 15ª posição. A Águia do Vale vem numa fase muito ruim nos últimos anos, que não condizem em nada com sua gloriosa história, em que já disputou até a Série A do Brasileirão. Os torcedores esperam que a passagem pela Segunda Divisão seja bem rápida e o clube já consiga o acesso neste ano de 2017. Pulando para a cidade de Mogi das Cruzes, temos dois representantes: União Mogi e Atlético Mogi. Ambos têm trajetórias semelhantes nos últimos anos. Entre 2012 e 2014, disputaram a competição sem muito brilho, chegando no máximo até a segunda fase, em 2015 os dois se licenciaram e não participaram do torneio, voltando no ano passado e ficando nas duas últimas posições do grupo na primeira fase, com o União Mogi ficando um ponto a frente do rival.
A cidade de Mauá, situada na região metropolitana da capital, terá como representante o Grêmio Mauaense. A Locomotiva, fundada na década de 80, vem para sua 10ª participação seguida na Segunda Divisão, e a experiência na competição parece começar a render frutos ao time, que ano passado chegou até as quartas de final, sendo eliminado pela Portuguesa Santista, que viria a ser a campeã. Em São José dos Campos, teremos a presença do tradicionalíssimo São José, que foi rebaixado na Série A3 de 2016, ficando na 15ª posição. A Águia do Vale vem numa fase muito ruim nos últimos anos, que não condizem em nada com sua gloriosa história, em que já disputou até a Série A do Brasileirão. Os torcedores esperam que a passagem pela Segunda Divisão seja bem rápida e o clube já consiga o acesso neste ano de 2017. Pulando para a cidade de Mogi das Cruzes, temos dois representantes: União Mogi e Atlético Mogi. Ambos têm trajetórias semelhantes nos últimos anos. Entre 2012 e 2014, disputaram a competição sem muito brilho, chegando no máximo até a segunda fase, em 2015 os dois se licenciaram e não participaram do torneio, voltando no ano passado e ficando nas duas últimas posições do grupo na primeira fase, com o União Mogi ficando um ponto a frente do rival.
O São José vem fazendo amistosos contra clubes grandes na preparação, e entra como um dos favoritos ao acesso (Foto: Divulgação/ São José EC) |
Os últimos clubes a serem citados, são ambos da mesma
cidade, que utilizarão o mesmo estádio para mandar os jogos, mas têm
trajetórias muito diferentes. Um é o Jabaquara, tradicional equipe da cidade de
Santos, com mais de 100 anos de história e 30 participações na elite do futebol
estadual. Do outro lado, está o Real Cubatense, estreante no cenário
profissional, e que se registrou em Santos, por não ter um estádio que pudesse
receber jogos profissionais na cidade de Cubatão. O Jabuca, vem para sua 13ª
participação consecutiva na Segunda Divisão, e quer fazer igual a Portuguesa
Santista, rival municipal, fez em 2016, chegando ao acesso, mas para isso
precisará melhorar seu histórico recente, em que vem chegando no máximo até a
segunda fase da competição. Já o estreante, que tem o Guará Vermelho como mascote,
é o terceiro representante da cidade Cubatão no futebol profissional, e espera
surpreender a todos nessa primeira participação no quarto nível do futebol
estadual.
A
competição desse ano, como mostrado acima, promete ser bastante
disputada, principalmente pela baixa quantidade de acessos à Série A3, além da
grande quantidade de times que possuem muita tradição, ou então clubes mais
novos mas que tem estrutura para brigarem nas principais divisões do estadual
nos próximos anos. Nos resta esperar o mês de abril para começarmos a a
acompanhar de perto a competição, e traçar os caminhos de cada equipe no ano de
2017!