Mais um domingo de muitos clássicos e jogos decisivos pelos quatro cantos do Brasil. Decisão da copa do Nordeste, finais no Rio, em Minas, Bahia, Rio Grande do Sul, Curitiba, Goiás, São Paulo. Uma verdadeira festa popular, do mais popular dos esportes.
O público presente nos estádios prova que o torcedor gosta mesmo é de decisão, da rivalidade, dos clássicos, dos grandes jogos. Jogo que vale. Jogo que decide. Jogo jogado. E os jogadores também. E como gostam. São nesses jogos que se separam, como dizem, o joio do trigo. Que diferenciamos os homens dos meninos.
E como não sentir a emoção à flor da pele quando se vê um estádio cheio, e do outro lado o seu rival. Joga-se com alma, com força, com superação, amor e paixão. A combinação perfeita que une os torcedores com seus ídolos.
E quando se faz um gol em um jogo assim? Vontade de extravasar, gritar, partir para o braço do povo, sentir-se como torcedor e transmitir ao torcedor sua alegria de alegrar o torcedor. Um emoção sem fim.
Mas o que fazem aqueles que escrevem o regulamento de um jogo que nunca jogaram? Proíbem o momento mágico do futebol. A comemoração.
Ontem, no clássico Atlético e Coritiba na Arena da Baixada, o meio campista Hernani, autor do terceiro gol em bela cobrança de falta, foi comemorar com seu torcedor e de presente recebeu um cartão amarelo. Parabéns para aqueles que determinam, que no maior momento de um jogo de futebol, o jogador não possa comemorar.
Por uma falta recebe-se a mesma punição que por uma comemoração. Como assim? |
Pior que isso. O lance que resultou a expulsão do próprio Hernani, podemos até discutir se foi uma entrada violenta ou não, passível de cartão amarelo ou vermelho. Mas uma falta como a que fez o jogador atleticano, tem quase o mesmo peso da sua comemoração: vale uma advertência. Faz sentido?
Vale a pena comemorar? O torcedor, e o jogador, merecem esse momento de êxtase.