No caminho dos títulos


Se em 2015 víamos no Palmeiras um time em formação e sem muitas obrigações de títulos, na temporada que está por começar é justamente o contrário. O alviverde paulista manteve a maioria do - já muito bom - elenco, além de se reforçar com alguns bons nomes. O período de pré temporada para que Marcelo Oliveira trabalhe também é outro ponto. Por isso, a pressão por canecos deve ser muito maior em 2016, com razão.

Na contramão da maioria dos clubes do país, Paulo Nobre e Alexandre Mattos parecem ter dinheiro para gastar e não poupam esforços na hora de reforçar o plantel. A quantidade parece predominar, mas sem deixar de lado a qualidade. Aquisições como a de Regis e Erik mostram a preocupação com o futuro e a possibilidade de ter um retorno financeiro. 


Por mais que alguns não ligassem ou zombassem da manjada frase de que "o Palmeiras é um time para 2016", era nítido que esse era o planejamento. Ninguém espera vencer um Campeonato Brasileiro depois de remontar o elenco inteiro praticamente. Mesmo com tantas mudanças a Copa do Brasil acabou vindo, e a vaga na Libertadores deixa ainda mais animado o torcedor, que espera de fato que o time seja para a temporada que está para se iniciar.

O time que beliscou um título nacional já era bom, com alguns problemas de falta de opção, principalmente no setor de meio de campo, que mesmo trazendo inúmeros nomes, sofreu com lesões e até com a falta de qualidade de alguns reforços, tendo que recorrer para um garoto da base. O que parecia problema anteriormente agora é o setor de maior número de opções do alviverde. Vários foram os reforços para a meiuca, o que deixa o torcedor mais tranquilo e confiante. 
A saída de Gabriel foi extremamente sentida. Para essa temporada, alternativas para reposição são maiores.

Se a saída de Gabriel afetou demais no rendimento da equipe, esse ano Marcelo Oliveira pode não ter problemas mesmo desfalcado. O setor conta agora com seis opções, sendo pelo menos 4 de excelente qualidade. Arouca e Jean há anos figuram entre os melhores da posição no país, embora o ex-Flu venha num declinio. Matheus Sales entrou em uma "fria" na temporada passada, mas é muito promissor e deu conta do recado, fazendo partidas extremamente convincentes. Rodrigo é talentoso, e por vezes destoava no fraco time do Goiás e Thiago Santos também se mostrou útil em 2015. Além deles,  Gabriel, que deve voltar de lesão em breve, é o melhor nome do setor e deve ser importantíssimo. 

Mas se os volantes faziam falta, a "parte ofensiva" do meio de campo também precisava de alternativas, visto que Cleiton Xavier ainda não lembra nem de longe o jogador da primeira passagem. Para fazer sombra ao camisa 10, o bom Régis chegou do Sport e pode muito bem assumir a posição. Outro reforço que pode atuar por ali é Moisés, mas este, tem função mais parecida com Robinho e não é bem o "10 do último passe" que a equipe precisa.
Régis pode ser o 10 que Cleiton Xavier não consegue ser.
Junto dessa necessidade no setor mais importante do time, a defesa também se mostrava carente de peças e o alviverde foi ao mercado para não gastar e achar um companheiro para Vitor Hugo. Para assumir essa posição, Edu Dracena veio de graça do rival, e embora não agrade muita gente, pode ser o parceiro perfeito para o jovem e bom zagueiro alviverde. Um jogador experiente é sempre bom e Dracena conta ainda com a "áurea de campeão", espirito que o Palmeiras espera passar para seu elenco. Outro que chegou como opção para o setor foi Roger Carvalho, além de Thiago Martins, que voltou de empréstimo. 
Dracena talvez seja a experiência que faltava ao lado de Vitor Hugo.

Se falamos de todos os setores, falta citar o ataque. Alecsandro, Barrios, Jesus, Cristaldo, Dudu, Rafael Marques, Mouche e Luan eram as opções. Como podemos ver, vários são os bons nomes a nível de Brasil, mas, opção nunca é pouco e aproveitar uma oportunidade de negócio é tudo hoje em dia. Erik, grande promessa do Goiás, parecia pronto para rumar a Europa, mas surgiu a possibilidade e o Palmeiras aproveitou. A aquisição do jovem atacante abre um leque ainda maior de possibilidades para Marcelo Oliveira, que pode agora ter um ataque ainda mais móvel, sem perder o poder fogo. 

Como podemos ver, são inúmeras as alternativas para montar um excelente 11 inicial, além de um bom time reserva. Em algumas partes do campo, é possível listar três boas opções por posição, o que com certeza vai pesar no decorrer da temporada.
Um dos mais promissores do país, Erik deve dar retorno técnico e financeiro ao Palmeiras.

Novamente vemos o Palmeiras com um dos melhores - se não o melhor - elenco do país no papel, mas, ano passado já era assim e víamos um futebol fraco, de pouca variação, criação e muito chutão. Com a pré temporada para trabalhar, a torcida espera e acredita que Marcelo Oliveira vá conseguir dar maior padrão a equipe e acima de tudo qualificar a saída de bola, também muito prejudicada pelos desfalques do último ano.

O ano começa cercado de expectativas no Allianz Parque, não só para 2016, mas pelo rumo que o Palmeiras parece tomar nos próximos anos. Seguindo o ditado de que "bons times ganham jogos, bons elencos ganham títulos", o alviverde está no caminho certo e começa o ano com muitas chances de erguer pelo menos um caneco. É só colocar em prática todo o potencial que o plantel teoricamente tem.
A expectativa é que em 2016 essa cena se repita. Time para isso o alviverde tem.

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