O que esperar de Angel Dí Maria no PSG?


Quase sempre cotado como jogador subestimado no Real, Dí Maria rumou ao Manchester United com o peso de ser o craque e elevar o time de patamar. O início foi promissor, com o jogador proporcionando gols e assistências além de muita velocidade. Até que a primeira lesão chegou. A partir daí o argentino teve um futebol cada vez mais irregular. Dí Maria não estava habituado a encarar equipes tão compactadas e forte fisicamente no campeonato espanhol. Exceto o Atlético de Madrid, equipes espanholas são mais frágeis defensivamente e muito mais "leves" fisicamente que as do campeonato inglês. Quando enfrentava o Barcelona Dí Maria jogava puxando os contragolpes (portanto com mais espaço) e sempre proporcionava grandes situações como quando deixou Carles Puyol estabanado no chão durante um clássico.  Junte a isso a pressão de decidir para quem era acostumado a ser um coadjuvante de luxo e as dificuldades que os sul-americanos enfrentam frequentemente com Louis van Gaal.

Tudo isso atrapalhou Dí Maria na primeira e única temporada em Manchester. Apesar disso o meia ainda ficou entre os líderes de assistências na liga inglesa com 10 passes para gol. Mais adaptado, poderia render agora, porém foi vendido, e chega ao PSG novamente cercado de expectativa.
A passagem no United é para Di Maria esquecer

Nessa janela a possibilidade de saída de Ibrahimovic é real e consequentemente Cavani jogaria finalmente em sua função de origem. Assim sendo, as 2 pontas necessitariam de nomes mais expressivos para a disputa da Champions que Lucas e Lavezzi. Dí Maria pode jogar na esquerda ou na direita, sempre contribuindo com o que tem de melhor em ambas. A equipe francesa deve ganhar dribles em velocidade, cruzamentos precisos, muitas assistências e boa recomposição defensiva.

O trabalho com José Mourinho no Real transformou aquele jogador quase peladeiro em um atleta de grande aplicação tática. Além disso, devido também a Sabella, Dí Maria passou a ser mais influente em outras zonas de campo, podendo jogar mais recuado como jogou com Carlo Ancelotti no Real. O que também pode ser extremamente útil, visto a lentidão do PSG em sair jogando em alguns momentos da temporada, sobre pressão como foi principalmente no jogo de volta das quartas de final da UCL contra o Barcelona.

Vale ressaltar que Dí Maria pode jogar mais recuado, porém nunca centralizado como foi em alguns momentos com Van Gaal. É um jogador que rende sempre mais quando joga pelo lado de campo. Seja próximo do ataque, como volante aberto como no Real ou até mesmo um ala.



Quem vê Dí Maria jogar em sua boa forma pensa estar vendo um jogador incansável. Um erro pensar assim. De fato o argentino quando em campo, mantém suas arrancadas e auxílios defensivos iguais durante todo o jogo. Porém, isso custou caro ao atleta algumas vezes. Impossível não lembrar do jogo contra a Suíça (que foi até a prorrogação) na copa e a lesão contra a Bélgica, logo em sequência. Dí Maria também teve sua boa sequência no United e a final da Copa América comprometidas devido à lesões ocasionadas pela sobrecarga física que o jogo dele ocasiona. O PSG deve saber disso e tem de ser inteligente ao ponto de poupá-lo nos momentos certos.

Bem aproveitado e sem ser sobrecarregado pode ser uma peça-chave na equipe francesa, especialmente num modelo de jogo de contra-ataque. A qualidade técnica e versatilidade do atleta, permitirão várias formas diferentes de armar o time. Cabe a Laurent Blanc decidir a melhor.

Manutencão do 4-3-3/4-1-4-1 da última temporada 


Além de manter a forma de jogar da equipe na temporada passada, com uma maior qualidade com o argentino, o esquema possibilita várias alterações em cada posição, sem comprometer tecnicamente nenhum jogador. Do meio pra frente o PSG tem diversas opções para alterar antes e durante a partida.

Um possível 4-4-2 


Outra possibilidade é um 4-4-2 com Cavani mais centralizado, próximo de Ibrahimovic. Dí Maria ficaria pelo lado seja esquerdo (com Lucas na direita) ou na direita(com Pastore aberto pelo lado esquerdo). Mas esse esquema obviamente dependeria da permanência do craque sueco, sendo improvável imaginar o PSG assim sem ele.
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