ESCREVENDO O FUTURO #01 - Valdivia


Apelido conhecido. Aparência nem tanto. Futebol também não. Valdivia surgiu na copinha como promessa, jogou bem e foi parar no Internacional. Ao contrário de seu xará, o meia colorado de "chinelinho" não tinha nada. Esforçado e sempre deixando 100% em campo, o jogador aos poucos ia conquistando a torcida gaucha e sendo conhecido pelo brasil todo. Mas se firmou apenas em 2015.

Após muito tempo prometendo, até que enfim chegou o "ano do inter", e o clube colorado além de levar o estadual, com gol do "poko pika", levou também o tão aguardado campeonato brasileiro. E tudo isso, graças a Valdivia. Que aos poucos tomava o papel de protagonista, que ia sendo deixado pelo já desgastado D'Alessandro.

Valdivia tinha então a missão de trazer o tri da América, e a torcida confiava nele.

O garoto não se intimidava com as duras entradas dos jogadores sul americanos, e jogava como veterano, lembrando o próprio D'Alessandro, que mesmo longe de seu auge, ajudava muito o jovem prodígio. Levou o Inter a glória no continente, e posteriormente no mundial, onde bateram o Chelsea de Mourinho com dois gols dele.

Ele que seguiu os passos de D'Alessandro no Inter, resolveu seguir os passos de outro ídolo colorado, e foi para o time da Roma, onde Falcão fez historia. O protagonismo de Totti, recém aposentado, veio só na segunda temporada, mas o sucesso foi instantâneo, e os títulos também. Regida por Valdivia a Roma desbancou a Juventus, e novamente erguia o Calcio.

No ano seguinte, Valdivia levou a equipe ao vice europeu. Grande feito, mas pequeno pra tudo que ele faria. Suas arrancadas ficariam pra sempre na memória da torcida romanista, e após 10 temporadas e seis títulos italianos, Valdivia tem sua maior gloria. Sob o comando do treinador Totti, conquista a Champions League, contra o temido Real Madrid. Após o "dever cumprido" o jogador decide retornar ao Beira Rio, para seu último ano.

A velocidade não era a mesma, as lesões dificultavam, mas a genialidade, ele não esqueceu. E como fez D'Alessandro, ele foi um líder, e ajudou os jovens garotos colorados a conquistarem mais uma Libertadores. Era o fim da carreira de Valdivia, que ao contrario do outro não ficou conhecido como Mago, nem pelos problemas. Virou gênio e sempre será lembrado pelo legado que deixou, em Roma e no gigante da beira rio.
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