Estamos a poucos meses do campeonato mais importante do
mundo do futebol, e pela segunda vez na história, ele será aqui, no nosso pais.
A copa do mundo é um torneio mítico, diferente de todos os outros do mundo, a
copa do mundo é o sonho de todos os jogadores, ou melhor, é o sonho de todos os
países que a disputam. Mas além de jogadores, técnicos e outros fatores de
dentro do campo existe um fator MUITO importante extra- campo que pode decidir
jogos: a torcida.
A torcida e o fator casa em uma copa do mundo são tão
importantes que já tivemos seis países campeões jogando sob seus domínios.
Porém, falar de fator casa em copa do mundo nos traz péssimas memorias,
pois por mais que já façam 64 anos, é impossível esquecer a fatídica final de
1950, o conhecido “Maracanazo”.
Mas deixamos o passado para traz, e vamos nos focar em
2013/14. A seleção brasileira começou 2013 debaixo de muitas dúvidas, quanto ao
Neymar, Julio Cesar, os garotos e Felipão, a seleção em si era uma grande dúvida. Mas a situação atual é
bem diferente, vencemos a Copa das Confederações, com a torcida apoiando como
nunca, fazendo de cada estádio um caldeirão, resumindo, em pouco mais de um ano
a seleção brasileira passou de “o Brasil não é mais o mesmo” para “rumo ao hexa”.
Mas o sonhado hexa, é possível?
O monstro. O gênio. O pai da família Scolari. |
Obvio! Brasil faz parte de um seleto rol de seleções que tem
grandes chances de título (ao lado de Espanha e Alemanha), e essas chances de título
passam muito por três homens: Thiago Silva, Neymar e principalmente, Luiz
Felipe Scolari. O primeiro comanda uma das melhores defesas do mundo, é
simplesmente o melhor zagueiro do planeta bola, dono de uma frieza absurda e uma
habilidade para desarmar descomunal, simplesmente, um monstro! Já Neymar era um
garoto, mas chega na copa como um homem com uma experiência muito boa no Barça,
com um futebol mais direto, com menos momentos “cai-cai” mas com a habitual técnica,
genialidade e o inigualável jeito brasileiro de jogar bola. Neymar ainda é uma
promessa pela Europa, mas que pode sair da Copa como um verdadeiro craque
mundial.
Mas sem dúvida alguma, o cara dessa seleção não entra em
campo. Felipão chegou sem a confiança de todos, mas hoje o mundo já trata ele
como um dos melhores, coisa que ele sempre foi. Felipão nunca foi nenhum gênio tático
como por exemplo o Guardiola, porem isso sempre foi compensado com uma incrível
habilidade para motivar, para fazer o jogador, por mais ruim que ele seja,
acreditar que tudo é possível. Felipão nos deu uma Copa em 2002, e 12 anos
depois ele monta uma nova família Scolari para uma nova copa. Será que a história
irá se repetir?
O cetro que foi de Xavi em 2010, agora é de Iniesta. |
Mas para essa história se repetir, é necessário passar por
complicados adversários, como por exemplo a Espanha. A atual campeã encantou o
mundo em 2010 com seu jogo envolvente, com um meio campo que praticamente não errava
nunca e uma defesa muito segura. Porém, quatro anos depois, o mundo parece ter
um antidoto para o tiki-taka, que já não envolve mais o adversário e se espoe a
contra ataques. A defesa não é mais tão segura, a idade está chegando para
muitos jogadores, mas o ataque é o maior problema. Torres não vem bem há anos,
Villa após a grave lesão também não consegue jogar bem regularmente, Soldado
vem mal pelos Spurs, e as únicas boas peças no setor são Negredo e seu
excelente momento pelo City e o brasileiro Diego Costa, que vem muito bem, mas
que para mim não tem “nível” para o 9 titular da Fúria. Mesmo com todos esses problemas,
a seleção ainda mete medo, é líder do ranking da FIFA, e apesar de estar no
grupo da morte, deve fazer uma belíssima copa, mas para o Bi vir em 2014, será necessário
algo mais do que o apresentado mais recentemente.
Já a Alemanha vive uma situação oposta. Se em 2010
surpreendeu sem tantos medalhões, em 2014 chega com moral e muito mais
experiente. Jogadores como Ozil, Reus, Muller e Gotze estão rodados, se
tornaram craques e chegam com bagagem para a copa. Isso aliado a experiência de
Schweinsteiger, Lahm e do
O interminável faro de gol de Klose, estará aguçado em 2014? |
Obviamente, a Copa do Mundo não se resume nessas seleções,
temos gigantes como a Itália, Argentina e o Uruguai de olho nessa taça, algumas
seleções não tão tradicionais, mas num bom momento, como a Bélgica, ou seleções
medianas guiadas por um comandante de ouro, como Portugal. São 32 seleções brigando
por uma taça. A taça que transforma jogadores, em lendas. E gênios, em
derrotados. A pergunta é: Neymar guiará seus companheiros para se tornarem lendas,
ou derrotados?
A resposta dia 13 de julho de 2014, no Maracanã.
Thiago Silva repetirá o gesto de Cafu? |