21 vezes campeão pernambucano, o Clube Náutico Capibaribe entra na disputa do título estadual pela 102ª vez em seus 116 anos de história. O Timbu vem de um 3º lugar na temporada 2016 e tem a missão de acabar com um longo e incômodo jejum para a torcida alvirrubra, que não vê o time do coração levantar uma taça desde o ano de 2004, quando venceu o mesmo campeonato pernambucano.
Para voltar aos tempos de glória, a maior inspiração do
Náutico está no passado. Entre os anos de 1963 e 1968 o clube se sagrou
hexacampeão, sendo essa a maior sequência de títulos da história do campeonato
pernambucano. Os dois rivais do alvirrubro já chegaram perto de conseguir
repetir tal feito, o Santa Cruz uma vez e o Sport duas, mas ambos pararam no
penta.
Em 2004 o Náutico calou o Arruda e conquistou seu 21º título (Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A. Press) |
Além do jejum de quase 13 anos sem levantar uma taça,
outro fator que incomoda o lado vermelho e branco do Recife são os insucessos
recentes em outros campeonatos. Nos últimos dois anos o clube bateu 2 vezes na
trave em relação ao acesso para a Série A, acabando em 5º lugar em 2015 e 2016. Na Copa do Nordeste, desde o retorno da competição em 2013, os alvirrubros
também não conseguiram passar da primeira fase nas duas ocasiões em que
participaram, além das apagadas participações na Copa do Brasil.
Visando mudar esse quadro em 2017, o Náutico fez algumas
mudanças no elenco em relação ao time de 2016, a principal delas está no gol:
Júlio Cesar, que estava no clube desde 2014 e tinha a simpatia da maioria da
torcida alvirrubra, não teve seu contrato renovado e acabou indo para o rival
Santa Cruz. E desse mesmo rival veio o novo arqueiro do Timbu, Tiago Cardoso,
que defendia a meta coral desde 2011, chega com a missão de ser um dos líderes
do Náutico rumo ao título e acesso para a primeira divisão.
Para comandar a equipe, a diretoria apostou no jovem Dado
Cavalcanti, que já teve uma passagem pelo clube no ano de 2014. O time base do
Náutico para iniciar a temporada é: Tiago Cardoso; Joazi, Tiago Alves, Éwerton
Páscoa e João Paulo; João Ananias, Rodrigo Souza e Marco Antônio; Dudu, Anselmo
e Jefferson Nem.
O experiente meia Marco Antônio, presente em 2004 no último
título do Timbu, é uma das maiores esperanças do torcedor, que espera ver o
atleta, já campeão pelo clube, junto a atletas campeões pelos rivais como é o
caso de Tiago Cardoso pelo Santa e Ewerton Pascoa pelo Sport, e atletas
promissores da base como Joazi e João Ananias, que seriam símbolos de uma nova
geração possivelmente vitoriosa, conduzirem o Náutico de volta às conquistas de
seus objetivos.