A dança das cadeiras entre técnicos brasileiros, é algo comum e extremamente rotineiro, principalmente durante o campeonato brasileiro, onde alguns times trocam de técnico mais de uma vez.
E quando o time perde 3 ou 4 partidas em sequência, já pipocam nomes para o substituir, e ele vive sem saber se terá emprego ou não na outra semana. Mas muitas vezes, até mesmo na maioria delas, a culpa não é do treinador, mas como muitos dizem e eu até concordo, é mais fácil “se livrar” de um, do que de 22, tendo em mente que muitas vezes um elenco não rende com um treinador, mas com o motivador certo pode dar resultados.
E no caso do Palmeiras, que recém foi promovido da segunda divisão, as cobranças em cima do técnico são ainda maiores, já que o clube está no ano de seu centenário e a torcida nem cogita a possibilidade de um novo rebaixamento.
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A derrota para o Fla aumentou as desconfianças |
Kleina até respondeu bem a pulga atrás da orelha de todos, e começou bem demais o ano. Com ótima campanha no estadual. Mas logo reacendeu toda a dúvida que o cerca, após a eliminação dramática para o Ituano, que viria a ser campeão inclusive.
Ali se perdia a primeira chance de título no centenário, e aumentavam as cobranças para uma quase que obrigatória boa campanha no campeonato nacional. Boa campanha que até o momento não começou.
O Palmeiras até venceu fora de casa o Criciúma na primeira rodada, mas perdeu para Fluminense em casa, e em seguida sofreu uma virada difícil de engolir do Flamengo no Maracanã. Mas Kleina tem culpa por esse baixo rendimento?
Aí é que está o ponto, por mais que a culpa caia toda sobre o ex-técnico da Ponte Preta vejo diversas outra deficiências no alviverde, que teve sua vida dificultada ainda mais com a saída de Kardec.
Kleina tem pouco material humano qualificado para trabalhar, e quando tem desfalques, os substitutos deixam o time muito mais fraco,o que é até normal para o padrão da maioria dos clubes brasileiros, e não se torna desculpa, já que nas poucas vezes que teve todos a disposição Kleina não conseguiu colocar o time para jogar.
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A saída de Kardec dificulta muito o trabalho de Gilson |
É muito difícil cobrar o técnico, que precisa de um bom grupo para desenvolver um grande trabalho. Até vejo o elenco como bom, mas faltam peças importantes, inclusive um substituto para Kardec, já que Henrique não deve chegar para ser titular.
Mesmo com tudo isso, acredito em Kleina, o vejo como um bom treinador e que tem muito a crescer. Quem sabe na janela reforços cheguem, o time melhore, e Kleina consiga arrumar o time e achar uma cadeira pra sentar, nessa contínua dança que é o futebol brasileiro.