Alagoano - CRB


A história do C.R.B., Clube de Regatas Brasil, teve início no ano de 1911 com a fundação, em Maceió, do Clube Alagoano de Regatas. Mesmo com esta nomenclatura, não havia nenhum yole, baleeira ou remadores. Tratava-se de um grupo de jovens, liderados por Lafaiete Pacheco e Antônio Vianna, que queriam fundar um Clube de Regatas em Alagoas. Dificuldades financeiras impediram a continuidade do clube, mas, após persistência do grupo de jovens, em 20 de setembro de 1912, foi fundado oficialmente o Clube de Regatas Brasil situado no bairro de Pajuçara.

Os primeiros anos foram exclusivos de atividades marítimas e a prática do futebol começou de maneira esporádica dentro do clube. Após os treinos no remo, os atletas promoviam “rachas” de futebol. Essas atividades com a redonda foram sendo cada vez mais frequentes a ponto de perceberem a necessidade de se fazer um espaço próprio para a prática do esporte. Com isso, em 2 de janeiro de 1917, foi fundado o Estádio Severiano Gomes Filho. Palco de muitas glórias do time de futebol do Clube de Regatas Brasil.

Na época, havia chegado da Inglaterra, Haroldo Zagalo, pai de Mário Jorge Lobo "Zagalo" ex-jogador e técnico da seleção brasileira e, entusiasmado com o trabalho dos rapazes do CRB, começou a passar seus conhecimentos para os atletas alvirrubros. Também estava em Maceió um alemão chamado Peter, que tinha muita habilidade com a bola e, juntando-se à turma melhorou consideravelmente o futebol no clube da Pajuçara. Estava plantada a semente que mais tarde daria bons frutos.

Ao longo de seus 105 anos, o CRB traz consigo grandes conquistas. Chamado carinhosamente pela torcida de Galo, nome dado devido ao mascote do clube ser o passarinho Galo de Campina, o clube praiano é o segundo maior detentor de títulos alagoanos, com 29 taças levantadas. O Galo é o único time do Estado a nunca ter disputado a segunda divisão do campeonato alagoano e foi, também, o primeiro campeão da história do Certame Alagoano, no ano de 1927.

Ainda sobre os títulos estaduais, os destaques ficam por conta das conquistas nos anos de 1937 a 1940; entre 1976 a 1979, quando a equipe foi por duas vezes tetra campeã. Além de conquistas dentro de Alagoas, o galo da praia também tem seus feitos em âmbito nacional.
Em 1975, após uma campanha sólida, a equipe decidiu contra o Botafogo-PB o Torneio José Américo de Almeida Filho (reconhecido pela CBF como a 1ª Edição da Copa do Nordeste) e se consagrou campeão. Após dois empates por 1x1 nos jogos de ida e volta, o Clube de Regatas Brasil venceu por 4 x 3 a decisão por pênaltis e levantou pela a primeira taça de campeão nordestino de futebol.
Em 1994, a equipe voltou a chegar numa final do Nordestão. Disputada contra o Sport, em pleno Estádio Rei Pelé lotado, a partida única valendo o título regional daquele ano acabou em 0 x 0 e foi decidida, novamente, nos pênaltis. O Leão pernambucano, já contando com o jovem Juninho, conquistou o título, deixando o CRB como vice-campeão de 1994.

Já disputando a série B, cuja vaga fora conquistada no ano anterior, o CRB lutou pela permanência ainda em 1994 – seu ano de estreia na divisão – e terminou em 22º colocado entre 24 equipes, sendo, assim, o primeiro fora da zona de rebaixamento.
Dali por diante foram 15 ininterruptos anos disputando a segunda maior série do campeonato Brasileiro. Oscilando entre boas e más campanhas, a equipe estabeleceu outro marco único em Alagoas, o de clube alagoano que participou por mais tempo da Segunda Divisão do futebol nacional.
No entanto, em 2008, após uma vexatória campanha, a equipe não conseguiu a manutenção na série B e foi rebaixada. Um duro golpe para o torcedor regatiano, que não sabia o que fazer diante de tamanha decepção.

Os anos seguintes foram de dificuldades no Clube. Embora tenha conseguido um acesso em 2011 novamente para a série B, em 2012 o clube voltou a ser rebaixado. Rodeada por dívidas e desconfiança da torcida, a diretoria se viu sem outra saída a não ser vender o maior patrimônio do clube, seu estádio.

Em 2014, o Severiano Gomes Filho foi vendido. Fato que causou muita tristeza e uma certa esperança, já que, com o dinheiro das vendas, era possível pagar as dívidas existentes e construir um novo patrimônio pro clube.

Foi exatamente isto que aconteceu. O ano 2014 foi o divisor de águas na história do Clube de Regatas Brasil. Aquele clube afundado em dívidas dava lugar a uma equipe mais estruturada financeiramente, o que refletiu dentro de campo. Neste mesmo ano o CRB conquistou o acesso para a série B novamente e anunciou a construção do CT Ninho do Galo, situado na Barra de São Miguel, litoral sul do estado, e é considerado o 5º maior do Brasil.

Em 2015 o CT foi inaugurado e com ele veio a melhor campanha do clube na era dos pontos corridos da Série B. Com 54 pontos, a equipe faria ali o maior número de pontos da sua história e terminou em 11º colocado.
Torcida do Galo sempre dá um show à parte (Foto: Divulgação/CRB)


No último ano, o galo continuou colhendo os frutos dessa reestruturação. O time chegou às oitavas da Copa do Nordeste e bateu o recorde de pontos conquistados novamente, na série B. Com 58 pontos, o Galo da Praia terminou em 8º colocado, a 5 pontos do acesso. Após ter passado 14 rodadas figurando no G-4 da competição.

Pra o ano de 2017, a equipe está sendo totalmente reformulada. Com a saída do técnico Mazola Júnior, que atuou em 100 jogos pela equipe, chegou o treinador Léo Condé que está tentando implantar uma nova metodologia de trabalho no clube. Como a pré-temporada começou há pouco mais de 20 dias, não se tem uma base na equipe. Porém, a formação titular do último jogo pode revelar qual é a espinha dorsal do time para essa primeira parte de temporada: Juliano no gol, Laterais: Marcos Martins e Diego; Zagueiros: Flávio Boaventura e Gabriel; Volantes: Adriano, Yuri; Meias: Jocinei e Sérgio Motta; Atacantes: Neto Baiano e Maílson.
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