Um amor pela janela


Quando ele parou eu só tinha cinco anos. E pouco entendia de futebol. Ou nada. O ano era 1974. Soube que foi jogar nos Cosmos anos depois. Mas também não vi. Hoje é mais fácil acompanhar ídolos tupiniquins em terras estranhas.

A televisão, a internet e o bate papo com o meu pai, são tudo que tenho de Pelé. Os gols, os dribles, as jogadas, a Família Trapo. Nada vi de perto. Ao vivo. Aquele gol na Javari. Será mesmo que ele fez aquilo? Meu pai garante que sim. Ele fazia aquilo praticamente toda quarta e domingo.

Aliás, o milésimo gol foi no ano do meu nascimento. MILÉSIMO!!! Mil gols! O atleta do século. O gênio da bola. O maior de todos! Até quando iremos procurar outro Pelé? Hoje é tudo muito provisório. Parodiando um grupo de rock brazuca, hoje em dia os jogadores são os maiores de todos os tempos da última semana.

Não há nada na história comparado a Pelé. Em gols, em títulos, em reverência. Em referência. O atleta do século!

Até os deuses do futebol o presentearam com o momento mágico do milésimo gol. Poderia ter sido um jogo antes. Mas não! Tinha que ser no maior de todos. O Maracanã. E de pênalti. Onde tudo para. É quando todas as atenções estão voltadas para aqueles dois guerreiros.
  
Domingo é o dia do futebol. E hoje é aniversário dele. Hoje, pelas janelas quadradas de nossos televisores, computadores e outras tecnologias, tenho a oportunidade de assistir um pouco de tudo que ele fez.

Só um pouco. Pois tudo, será sempre indescritível. 
Compartilhar: Plus