Ainda há tempo - Renan Oliveira


Com muita esperança depositada pela torcida, Renan Oliveira foi revelado na base do Atlético Mineiro e trouxe consigo uma enorme pressão nas costas, já que alguns torcedores viam nele a obrigação de brilhar. Teve bons momentos, porém faltou sequência. Hoje, anos depois, Renan tenta ascender novamente a carreira no Náutico e ainda há tempo para brilhar. Conversamos um pouco com o atleta sobre inúmeros temas, confira na íntegra:

1. Você, que atuou por clubes de 4 das 5 regiões do Brasil (Atlético-MG e América MG no sudeste, Goiás no Centro Oeste, Sport , Vitória e Náutico no Nordeste e Avaí no Sul), conseguiu perceber alguma diferença regional do tratamento da torcida para com o jogador e até mesmo no comportamento dos torcedores no estádio? O que pode destacar como diferencial exclusivo de região?

Cada lugar tem uma maneira de torcer. Cada torcida tem seu estilo e tive a felicidade de pegar torcidas que apoiam bastante o time.

2. Você foi revelado no centenário atleticano. Como foi ter subido da base como uma grande promessa, e ter sofrido com a estrutura e a fase ruim que o atlético vivia na época? Você acha que esse fator prejudicou seu desenvolvimento como profissional? 


Tive a felicidade de subir em uma equipe como Atlético Mineiro. Me profissionalizei bem novo e talvez isso tem pesado um pouco. Porém, vivi grandes momentos no Galo. Na minha opinião o que mais me prejudicou foram algumas lesões.
O jovem Renan Oliveira teve bons momentos no galo.

3. Alexandre Kalil, considerado o maior presidente da história do Atlético por muitas pessoas, e por ser uma figura emblemática do futebol brasileiro, é querido por muitos jogadores e técnicos. Qual era a sua relação e opinião sobre ele?

Sempre tive uma boa relação com ele. É um presidente que cobra bastante dos seus atletas, no entanto, incentiva e dá muita moral para todos. Sem dúvida, ficou marcado na história do Galo.

4. Você teve uma rápida passagem no Vitória, em meados de 2010, jogando menos que 10 partidas. Esperava ter mais oportunidades para mostrar seu futebol? Qual foi o fator preponderante para justificar a sua falta de continuidade no clube baiano?

O Vitória foi a primeira vez que sai do Atlético. Acho que isso pesou um pouco e tive poucas oportunidades. Mas, no mesmo ano voltei ao Galo e terminei o ano como titular com Dorival Junior.

5. Cada jogador tem seu gol de estimação, aquele momento que guarda pra sempre como flashback da carreira. Cite um gol importante, ou que você considera o mais bonito de sua carreira. Comente sobre este lance, qual foi a sensação de marcar o gol? 

Com certeza foi um gol no Maracanã contra o Flamengo em 2008, onde o atlético venceu por 3 a 0 com mais de 90 mil torcedores no estádio. Foi ali que apareci para o cenário do futebol. (Segundo gol no vídeo)


6. Em 2008, quando você subiu para o profissional do Atlético, o treinador era o Marcelo Oliveira. Em 2011, ao ser emprestado para o Coritiba, reencontrou o treinador que lhe viu dar os primeiros passos no time titular. Qual a sua relação com Marcelo Oliveira? Foi um treinador importante no seu desenvolvimento?

Na verdade eu subir com Geninho. Porém meu melhor momento foi no mesmo ano com Marcelo. Era um treinador que me conhecia bem, me dava muita liberdade para jogar e tive a felicidade de poder atuar com ele novamente no Coritiba, onde fomos campeões paranaense. Aprendi muito com ele e cresci muito sob o seu comento. Sou grato ao Marcelo.

7. Em 2012, jogando pelo Goiás, se destacou em inúmeros jogos, tanto que as diretorias do clube goiano e do Atlético entraram em acordo, e seu empréstimo foi renovado por mais 1 ano. Como foi jogar no clube esmeraldino? Considera a passagem pelo Goiás como seu maior auge técnico até hoje?

Acho que foi o melhor momento da minha carreira. Conquistei dois títulos jogando pelo Goiás e fiz grandes jogos. Tenho um carinho enorme pelo clube, pela torcida e pela cidade. Estarei sempre na torcida pelo clube.
Foi no Goiás o seu melhor momento.

8. Jogadores novos tendem a ser sempre emprestados ou repassados a outros clubes de modo que ganhem “cancha” para se adaptar ao profissional. Você sofreu bastante com esses empréstimos, como você enxerga essa necessidade de emprestar calouros? Acha que é realmente necessário?

Depende. Tem jogador que consegue ter essa adaptação mais rápida, outros demoram mais. Joguei com vários jogadores que eram considerados craques na base e não se firmaram no profissional.

9. Você ainda possui 26 anos e um caminho considerável pela frente. Hoje em dia qual é a meta que você definiria para a sua carreira como jogador?  Tem algum sonho profissional que gostaria de realizar?

Minha primeira meta é fazer um bom ano no Náutico e conseguir o acesso para essa torcida. Gosto de pensar passo a passo. Sempre tive sonho de vestir a camisa da seleção principal. Tive a oportunidade na base. Mas, na principal seria especial.
O 10 da seleção sub 20 ainda sonha com a principal.

10. Você atuou pela seleção brasileira sub -20, como foi a sensação de vestir a amarelinha pra um jovem como você? Qual dos jogadores com os quais você atuou na seleção foi mais longe na sua visão?

Foi um dos grandes momentos da minha carreira.  Poder representar meu país foi um momento único e que jamais vou esquecer. Vários jogadores: Douglas Costa, que dispensa comentário, Giuliano , Alan Kardec  e Éverton Ribeiro.

11. Reitero que é um prazer concluir mais essa entrevista. Agradecemos a atenção e desejamos toda a sorte do mundo! Mande um recado para seus fãs e leitores do Blog 4-3-3:

Gostaria de agradecer a oportunidade de falar um pouco sobre a minha carreira. Um abraço para todos os internautas.
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