Alagoano - CSA


Quando se fala de CSA, cuja sigla significa Centro Sportivo Alagoano, vem logo à mente a ideia de tradição no futebol alagoano. O Clube, fundado no dia 7 de setembro de 1913, é o detentor do maior número de títulos do Estado. São 37 taças ao todo. Uma curiosidade sobre sua história é que a priori o time recebeu o nome de Centro Esportivo 7 de Setembro (fazendo alusão a sua data de fundação).

Tradição, conquistas e irregularidade são marcos da trajetória do Azulão - forma como popularmente é chamado, já que o seu símbolo é um passarinho típico da região, de mesmo nome. O clube possui como patrimônio maior o Centro de Treinamentos Gustavo Paiva, situado no bairro do Mutange, próximo à orla lagunar da capital alagoana.

Como todo clube tradicional, o Centro Sportivo Alagoano coleciona bons e maus momentos em sua trajetória. A equipe já figurou entre a série A do futebol brasileiro, como também chegou a não ter um campeonato garantido pra disputar durante o ano.

Os anos dourados do clube foram entre as décadas de 70 e 90. Durante os anos 70 a equipe participou da elite do futebol nacional e nesse período conquistou o maior número de títulos estaduais.
No final da década de 1990, mais precisamente em 1999, o clube foi credenciado a participar da Taça Conmebol, competição que contou com a participação de alguns times sul-americanos.

Com um time competitivo e campeão do certame local daquele ano, o clube foi forte para a disputa da Taça e, fazendo uma bela campanha, chegou até a final da competição. Disputada em dois jogos contra o Talleres–ARG, a final foi emocionante para os azulinos, já que, no jogo de Ida, realizado no Estádio Rei Pelé, a equipe alagoana venceu por 4 tentos a 2 e viajou confiante na conquista do título em solo argentino.

Porém, infelizmente, na partida de volta o Talleres venceu o Azulão do mutange pelo placar de 3x0 e consagrou-se campeão da Taça. Mesmo com o vice-campeonato, essa campanha é o motivo de maior orgulho para a massa azulina, pois a equipe foi a única da região nordeste a chegar à final de uma competição internacional.
 
Torcida apaixonada nunca abandona o CSA (Foto: Thiago Davino)

Ao que mostram os números e resultados, essa grande campanha fechou um ciclo de glórias ao passo que deu início a uma sequência de acontecimentos desagradáveis na centenária trajetória do clube. 
No ano de 2000, começou o primeiro jejum de títulos estaduais que durou oito anos e teve um vexatório rebaixamento para a segunda divisão do campeonato local, em 2004. Embora tenha conquistado o título da série B alagoana em 2005, foi só em 2008 que a equipe voltou a ser campeã da divisão de elite do futebol alagoano.

Encerrando o jejum, surgia a ideia de que as coisas pra o lado azul voltariam a ser como sempre foram, repleta de vitórias. Mas, em 2009, a equipe sofreu outro rebaixamento no campeonato alagoano e pôs novamente a dúvida na mente da torcida. Havia algo muito errado com a administração de um clube que tinha tanta força enviada das arquibancadas, e não conseguia transformar num futebol eficaz dentro das quatro linhas.

No ano seguinte, semelhante ao primeiro rebaixamento, o clube sagrou-se bicampeão da série B alagoana e estava de volta a elite. Como não estava garantido em nenhuma série nacional, os jogos no alagoano começaram a ser repletos de muita cobrança por resultados que os garantissem um calendário para o restante do ano.

Após muitos anos batendo na trave, em 2016 um forte empresário alagoano resolveu assumir a presidência da equipe e garantiu investimento na contratação de uma boa equipe técnica e jogadores. Todo esse investimento, aliado ao profissionalismo com o qual futebol do time começou a ser tratado, gerou bons frutos.

Realizando uma campanha invicta até a final do campeonato alagoano do referido ano, o azulão foi vice-campeão e conseguiu um calendário para disputar durante o restante da temporada. Estava garantida a vaga na série D nacional.

Começando a competição, a regularidade do time se manteve e a equipe conseguiu o tão sonhado acesso à série C foi além, chegou até a final do certame nacional, mas acabou perdendo para equipe do Volta Redonda – RJ. Mais um vice-campeonato que foi encarado pela torcida como um grande feito do clube.

O treinador Oliveira Canindé vem para sua segunda temporada no comando do Azulão, e conta com a manutenção da base vice-campeã da Série D, o que pode dar uma vantagem grande sobre seus concorrentes no estadual. Neste início de temporada, a equipe que vem sendo utilizada como titular é: Jeferson; Denílson, Leandro Souza, Douglas Marques, Rafinha; Panda, Everton Heleno, Cleyton, Didira e Daniel Cruz; Alex Henrique (Soares).

Para o ano corrente, a expectativa é muito grande para que os resultados positivos consigam acontecendo. O objetivo do primeiro semestre é fazer uma boa campanha na Copa do Nordeste e pôr fim ao jejum de nove anos sem ganhar títulos importantes, conquistando o campeonato local pela 38ª vez. No âmbito nacional das competições do clube, o objetivo primordial é manter-se na Série C e, se possível, brigar pelo acesso, recolocando, assim, o Centro Sportivo Alagoano entre os melhores times do Brasil.
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